Brasília - Um encontro entre o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e o prefeito Beto Richa pode definir hoje o empréstimo de dois terços dos recursos necessários para a construção do metrô de Curitiba. A reunião ocorre pela manhã na sede da prefeitura, mas o acerto final deve ser anunciado até o dia 15 de janeiro. Segundo o ministro, o governo federal está disposto a financiar R$ 960 milhões por meio de uma linha de crédito especial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Os juros cobrados serão de 5,5% ao ano mais spread bancário (atualmente de 1,9% ao ano).
Além disso, a prefeitura teria uma carência de 48 meses para começar a pagar, dentro de um prazo total de 30 anos para quitar a dívida. Na prática, se o município contrair a dívida, o responsável pelo início dos pagamentos será o prefeito eleito em 2012.
A oferta faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa, que financiará obras de mobilidade urbana nas 12 cidades-sede do Mundial de 2014. Os demais R$ 480 milhões necessários para o primeiro trecho do metrô seriam investidos a partir de uma Parceria Público-Privada (PPP).
Os estudos para a adoção da PPP foram encomendados pela prefeitura à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e devem ficar prontos até o fim do ano. "A princípio tínhamos dúvidas se conseguiríamos todo esse montante para o financiamento, mas agora é a prefeitura que tem de decidir se pode aceitar", disse Paulo Bernardo. O ministro também salientou que o governo federal ainda espera pelas últimas garantias de que o empreendimento ficará pronto até a Copa. "Para dizer que está tudo certo ainda precisamos de mais uma reunião com os técnicos da prefeitura", acrescentou.
Nova proposta
A participação da União no metrô havia sido praticamente descartada pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no começo de novembro. Duas semanas depois, no entanto, Richa apresentou uma nova proposta, mais enxuta, ao comitê do governo que estuda a distribuição de recursos em Brasília. O projeto atual reduz de 22 para 13 quilômetros o tamanho da linha Norte-Sul. Ele restringe o trajeto original ao percurso entre o Terminal CIC/Sul e a Praça Eufrásio Correia, que conta com apenas 12 das 21 estações previstas inicialmente. Apesar dos cortes, uma nova estimativa do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) mostra que o empreendimento deve ficar 17% mais caro.
A expectativa era de que toda a obra custasse R$ 2 bilhões. Desse valor, R$ 1,2 bilhão seria aplicado apenas nos 13 quilômetros do trecho Sul. Agora, a quantia estimada saltou para R$ 1,44 bilhão. Procurada ontem pela reportagem, a prefeitura de Curitiba afirmou que prefere não se pronunciar sobre a proposta trazida pelo ministro antes da reunião de hoje.
Além da reunião com Richa, Paulo Bernardo também se encontra em Curitiba com o vice-governador Orlando Pessuti, para falar sobre a ampliação do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
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