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Trânsito

Dia sem carro

Nas ruas, hoje, haverá 100 mil carros a menos – essa é a expectativa para o Dia Sem Carro em Curitiba, de acordo com os cálculos da prefeitura. A quantidade é equivalente a 30% da frota circulante diária, estimada em 335 mil automóveis – a frota total já bate a marca de 1.125.866 veículos. Esta será a terceira vez que a cidade adere ao movimento internacional que prevê o 22 de setembro como um dia para a reflexão sobre os problemas causados pelo uso intenso dos carros.

Curitiba, capital com índice de motorização mais alto do país (um carro para cada 1,67 habitante), terá 40 quadras de 15 ruas do Centro fechadas das 6 às 20 horas. O trecho mais central da Rua Marechal Deodoro, entre a Rua João Negrão e a Avenida Ma­­rechal Floriano, por onde passam cerca de 3,3 mil carros em horário de pico, será um dos principais bloqueios. A Barão do Rio Branco (entre o Paço Municipal e André de Barros) e os acessos à Praça Tiradentes também ficam interditados.

No lugar dos carros, as ruas vão abrigar atrações artísticas, feira de produtos orgânicos, jogos, brinquedos, atividades de educação de trânsito, artesanato e exames de saúde, entre outras atividades. Apenas ônibus, bicicletas, veículos dos moradores, pessoas a pé, táxis e veículos de serviços essenciais e de emergência terão acesso aos trechos fechados. O ciclotáxi (charrete puxada por bicicletas) será uma opção para quem quiser fazer um percurso turístico na área central a partir da Rua Cândido Lopes. Os bairros também terão atividades especiais para o Dia Sem Carro.

Bicicletas

A orientação para a população é que utilize o transporte público, bicicleta ou faça caminhadas. Uma frota extra com cem ônibus estará nas ruas para quem escolher o transporte público. Já para quem precisa apenas de um empurrãozinho para começar a usar a bicicleta todos os dias, hoje é o dia D. O Projeto Ciclovida da Universidade Federal do Paraná (UFPR) fará simulações personalizadas sobre a economia com o uso da bicicleta para quem visitar a barraca de divulgação do programa, na Praça Santos Andrade. "Quem for nos visitar informará o seu trajeto diário e o nosso programa de computador fornecerá dados referentes a queima de calorias, economia de combustível e diminuição nos quilos de poluição emitidos na atmosfera", explica o coordenador do programa Ciclovida, José Carlos Belotto.

Carro, hoje, só em último caso. "Fazemos um apelo para que as pessoas procurem outros modais para o deslocamento em vez do seu veículo particular. Se tiver de usá-lo, então, que pratique a carona solidária", diz Rosângela Ba­­tistella, diretora de trânsito da Urbs, empresa responsável pelo gerenciamento do trânsito e do transporte coletivo na capital. Neste caso, é importante observar os caminhos alternativos.

A expectativa é que a adesão este ano seja maior do que ao último Dia Sem Carro promovido na cidade, em 2005. Naquele ano, a adesão foi de 20%. Em 2003, primeiro ano em que Curitiba aderiu ao movimento, o Dia Sem Carro teve 40% menos automóveis circulando na cidade. No ano de estreia de Curitiba, chegou-se a fechar 72 quadras de ruas no Centro e nos bairros Sítio Cercado, Santa Quitéria, Hauer e Capão Raso.

Neste ano, além de Curitiba, outras 24 cidades brasileiras aderiram ao Dia Sem Carro, de acordo com a organização não governamental Rua Viva. No mundo todo, calcula-se que a adesão deve chegar a 1,5 mil municípios. "O objetivo é fazer as pessoas colocarem a mão na consciência e refletir sobre os deslocamentos que elas estão fazendo", diz Rosângela. O Dia Sem Carro foi realizado pelo primeira vez na França em 1998. Espalhou-se pelas cidades da Europa e tomou conta do mundo, chegando ao Brasil em 2001.

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