Os diabéticos que recebem insulina do governo do Paraná devem ficar atentos para a substituição de duas marcas do medicamento. No total, cerca de 5 mil pessoas no estado recebem as insulinas Asparte 100 UI/ml ou a Detemir 100 UI/ml. A falta de pagamento às distribuidoras dos produtos, como consequência dos problemas de caixa que o estado vêm enfrentando, é que causou a falta das duas marcas de insulina nas farmácias do estado.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) informou que para substituir a Asparte ofereceu a Lispro 100 UI/ml. Já para trocar a Determir foi disponibilizada a Glargina 100 UI/ml. Os dois medicamentos têm indicação terapêutica e efeitos similares, mas precisam de ajustes para cada paciente. Por isso, os pacientes diabéticos precisam ir ao médico para obter uma nova receita e avaliar a melhor forma de aplicação dos novos medicamentos.
A Sesa diz que a troca foi necessária até que os estoques sejam regularizados. O processo de compra, informa a pasta, já foi concluído. O órgão informa que há estoque suficiente dos medicamentos colocados à disposição para substituir os que estão em falta para atender os pacientes cadastrados no programa.
A endocrinologista Rosângela Roginski Rea avalia que os medicamentos colocados à disposição dos pacientes possuem qualidade parecida com os que eram usados até então. “São análogos de insulina do mesmo nível ou melhor. Com essa insulina, se for administrada de uma maneira bem orientada, os pacientes podem controlar relativamente bem [o diabetes] assim como o faziam antes.” A médica reconhece que o ideal seria que os diabéticos pudessem continuar com o mesmo tratamento. Mas, de acordo com ela, dadas as atuais circunstâncias, as alternativas oferecidas pelo estado continuam sendo melhores do que as insulinas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a nível nacional.
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