• Carregando...

Entre o anúncio da suspeita de aftosa no Paraná e o abate do último animal supostamente infectado, o Paraná viveu 158 dias de especulações e rusgas entre pecuaristas, governo estadual e Ministério da Agricultura, com direito a participação da Justiça Federal nos últimos capítulos. Só ao fim dessa longa novela começou a contagem de seis meses para a recuperação do status de área livre de aftosa.

2005

10 de outubro – Confirmado o primeiro foco de aftosa em MS.

21 de outubro – A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab) comunica ao Ministério da Agricultura (Mapa) a suspeita da doença em quatro fazendas paranaenses.

28 de outubro – Laudo preparado por donos das fazendas aponta negativa para aftosa.

9 de novembro – Laudo do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), de Belém (PA), descarta a existência de aftosa no estado. Dois dias depois, o Mapa afirma que laudo não é conclusivo.

17 de novembro – Paraná acusa pressão do ministério para assumir a existência do foco.

6 de dezembro – 47 dias após o anúncio da suspeita, o ministério confirma a existência de um foco no Paraná, em São Sebastião da Amoreira. O governo estadual contesta.

12 de dezembro – Entidades do agronegócio cobram o sacrifício sanitário dos animais para cumprir normas internacionais.

21 de dezembro – O então secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, se reúne com o ministro Roberto Rodrigues, mas não o convence a mudar de posição.

27 de dezembro – Técnicos do Mapa se reúnem com colegas da Seab. A secretaria concorda em sacrificar os animais, mas antes quer ouvir as entidades do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa).

2006

11 de janeiro – Conesa decide pelo sacrifício dos animais da Fazenda Cachoeira.

12 de janeiro – Justiça Federal concede liminar impedindo o sacrifício e obriga o ministério a apresentar os laudos técnicos.

27 de janeiro – Ministério apresenta os laudos solicitados pela Justiça Federal.

13 de fevereiro – Justiça Federal de Londrina libera abate na Fazenda Cachoeira, mas exige depósito antecipado da indenização de R$ 1,28 milhão ao proprietário.

2 de março – Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª Região autoriza o abate dos animais da fazenda, sem a necessidade de pagamento antecipado da indenização.

8 de março – Início do sacrifício em Maringá, nas fazendas Cesumar e Pedra Preta.

28 de março – Fim dos abates e início do prazo de 180 dias para o estado poder recuperar o status de área livre de aftosa. Foram sacrificados 6.781 animais de sete fazendas paranaenses, nos municípios de Maringá, Bela Vista do Paraíso, Grandes Rios, São Sebastião da Amoreira e Loanda.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]