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Dom Moacyr Vitti celebrou missa pela manhã no Cemitério Agua Verde | Fotos: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Dom Moacyr Vitti celebrou missa pela manhã no Cemitério Agua Verde| Foto: Fotos: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Cataratas têm novo recorde de visitantes

Denise Paro, da sucursal

Foz do Iguaçu - O feriadão trouxe euforia para o setor turístico de Foz do Iguaçu. No domingo, o número de visitantes nas Cataratas do Iguaçu, principal atrativo da cidade, foi o maior da história do parque em um só dia: 12.513 pessoas. A quantia superou a marca anterior registrada em 11 de outubro deste ano, com 12.388 turistas.

Conforme levantamento do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela administração do parque, nos três dias de feriado passaram pelas bilheterias das Cataratas do Iguaçu 22.904 pessoas. No sábado foram 6.239 turistas e ontem, 4.152. Quem passou pelo parque ontem ainda teve a chance de ver as Cataratas com a vazão em alta. No fim da tarde, a marca chegou a 3.080 metros cúbicos por segundo. O normal é 1,5 mil. Para atender o número recorde de turistas, a concessionária Cataratas S.A. colocou mais ônibus para circular e contratou monitores.

Um em cada cinco voos é cancelado

Folhapress

São Paulo - A Infraero – estatal responsável pela administração dos aeroportos – informou que, até as 10 horas ontem, 18,9% dos 682 voos programados para decolar dos aeroportos brasileiros foram cancelados. No total, 20 (2,9%) das partidas previstas registraram atrasos superiores a 30 minutos. Em São Paulo, o aeroporto de Congonhas registrou um dos 64 voos previstos com atraso e outros três foram cancelados. O aeroporto operava visualmente desde a abertura, com pista aberta para pousos e decolagens.

No aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, foram cancelados 12 (15%) dos 80 voos previstos. Já no Rio de Janeiro, o Santos Dumont teve 19 (57,6%) cancelamentos entre os 33 voos previstos. Nenhum voo partiu com atraso. No Tom Jobim (Ga­­leão), houve atraso em três dos 44 voos previstos e nenhum cancelamento.

  • Jazigos receberam flores ontem: algumas floriculturas venderam todo o estoque

O tempo bom aumentou o número de visitantes nos 20 cemitérios de Curitiba ao longo de todo o feriado de Finados. Ao todo, foram mais de 400 mil visitas desde sábado até ontem. Somente nos quatro cemitérios municipais, a prefeitura de Curitiba registrou mais de 100 mil pessoas. O movimento maior ocorreu ontem, mas devido ao tempo bom, com sol e calor, cresceu a quantidade de pessoas que visitaram os jazigos também no fim de semana. Algumas floriculturas terminaram o dia de Finados sem flores devido à grande quantidade de visitas – um aumento, em média, de 20% nas lojas próximas aos cemitérios.

A administração dos dois cemitérios Jardim da Saudade informou que o número de visitantes foi dividido ao longo do fim de semana. Em média, foram 16 mil pessoas no sábado e no domingo, e outras 20 mil ontem. Mesmo assim, em comparação com o ano passado, muito mais gente foi ao local. "O tempo ajudou bastante", disse o diretor dos cemitérios, Andrei Matzenbachen. Em outro cemitério particular, o Memorial da Vida, o gerente comercial, Erielson Apolinário, confirmou que algumas pessoas adiantaram a visita ao túmulo de familiares e amigos. "Houve gente que aproveitou para vir no sábado ou no domingo para poder viajar", falou.

O diretor de Serviços Especiais da Secretaria do Meio Ambiente, Augusto Canto Neto, relatou que os cemitérios municipais também receberam mais visitas do que no feriado de Finados do ano passado, quando choveu. Ele explicou ainda que funcionou bem o sistema informatizado, inaugurado neste ano no cemitério do Boqueirão. Por meio dele, era possível aos visitantes localizar o jazigo dos familiares a partir de um nome. Canto Neto promete que o sistema de localização estará disponível nos outros três cemitérios municipais até o dia de Finados do ano que vem, com possibilidade de fazer as consultas em casa pela internet. "Vamos precisar melhorar ainda a identificação de ruas (nos cemitérios) para facilitar a localização", comenta.

Para muitas famílias, o feriado foi uma espécie de "peregrinação". A dona de casa Roseli Parolin foi pela manhã ao Cemitério Água Verde para visitar o túmulo do sogro e da sogra. Em seguida, foi ao Jardim da Saudade, onde está enterrada a mãe. "Venho rezar e lembrar da pessoa", comenta. Porém, para outras pessoas, o feriado de Finados não faz muita diferença. A aposentada Zulmira Born Rocha vai ao túmulo do filho, morto em um acidente de carro há 16 anos, todos os meses, acompanhada do marido. "Por mim, eu vinha toda semana", diz.

Comércio

O maior número de pessoas nos cemitérios acabou com o estoque de flores de algumas floriculturas. Já no meio da tarde havia comerciantes sem produtos. Deodete Ferreira da Silva, dona de uma floricultura ao lado do Cemitério Municipal, resaltou que neste ano vendeu mais de 200 caixas de flores (equivalente a mil maços), o dobro do ano passado. "Um sol desses só tivemos em 2002, quando batemos o recorde (de vendas)", afirmou. Segundo ela, naquele ano foram mais de 300 caixas de flores comercializadas. Antônio Domingues, com duas bancas de flores no Cemitério Água Verde, comprou mais produtos do que em 2008, mas não quis apostar alto para não perder dinheiro. O estoque acabou. "É melhor faltar do que sobrar. Depois não tem saída", disse.

O arcebispo metropolitano de Curitiba, Dom Moacyr Vitti, lembrou que o dia de Finados é o momento de reflexão sobre a morte. Pouco antes de rezar missa na praça Sagrado Coração de Jesus, em frente ao Cemitério Água Verde, ele disse acreditar que as pessoas têm tratado a perda de familiares e amigos de forma mais serena. "É uma nova maneira de encarar a morte, que não é destruição, mas uma vida nova", afirmou.

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