Você sabia que o diabético pode comer doce, fruta e massa, entre outros alimentos considerados proibidos por muita gente? Poder, pode, mas é preciso promover algumas mudanças nos hábitos alimentares. Por exemplo: deixar de comer uma laranja para poder saborear um bombom. O Centro de Diabetes de Curitiba (CDC) quer ampliar este tipo de comportamento, a fim de "desengessar" o cardápio dos diabéticos. Para isso, reuniu nos últimos três dias um grupo de médicos, enfermeiros, nutricionistas e dentistas. A idéia é que eles disseminem a flexibilidade (responsável) da alimentação entre seus pacientes. Durante o treinamento, cada participante foi tratado como um diabético a fim de mostrar a falta que um chocolate pode fazer de vez em quando.
Segundo especialistas, o planejamento alimentar com contagem de carboidratos, que são os açúcares dos alimentos, é essencial e faz a diferença no tratamento da diabete. Ele permite equilibrar a quantidade de carboidratos ingerida e não a sua origem. A dieta é considerada barata, mas pouco difundida entre os médicos.
A nutricionista Deise Mendonça, professora da Universidade Federal do Paraná e responsável pelo setor de Nutrição do CDC, lamenta que a dieta com contagem de carboidratos não seja mais popular. Ela afirma que no sistema público de saúde o médico só tem tempo de pedir exames laboratoriais e prescrever medicamentos. "Ele diz para não comer açúcar e massa. Nós somos contra a restrição. Trabalhamos com trocas leite, arroz, feijão, fruta também elevam a diabete. É preciso identificar o que tem carboidratos e fazer o controle. Mas não recomendo a ninguém comer doce todo dia", afirma. Para a nutricionista, o ideal é fracionar as refeições: café, almoço, jantar e lanches feitos entre pequenos intervalos, sem abrir mão de comer feijão e arroz para se alimentar de frutas (que aumentam a glicemia e também podem ser nocivas ao diabético).
De acordo com a endocrinologista Ernestina Auache, o tratamento da doença depende de medicação, atividade física e alimentação. "O paciente precisa aprender novos hábitos alimentares", diz. Com isso, ele pode reduzir as complicações crônicas. "Uma mulher que tem diabete antes dos 40 anos, tem sua expectativa de vida reduzida em 18 anos; o homem, em 12 anos", exemplifica a médica.
A doença acomete 10% da população brasileira, sendo que 75% desse pessoal não faz tratamento algum. "Metade não se trata porque não sabe. E uma parte [25%] simplesmente porque não quer", afirma Ernestina.
Serviço: Os próximos cursos do CDC para profissionais da área médica estão agendados para os dias 30 de setembro, 1º e 2 de outubro; e 21 a 23 de outubro. Informações: tel. (41) 3027-3930 ou cdcdiabetes@yahoo.com.br.
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