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Entre os materiais pesquisados pelo Procon, 29 itens registraram diferença igual ou acima de 100%. Entre eles estão apontadores, borrachas, cadernos, canetas, colas, giz de cera, lápis, massa de modelar, papel sulfite e tesouras | Fotos: Brunno Covello/Gazeta do Povo
Entre os materiais pesquisados pelo Procon, 29 itens registraram diferença igual ou acima de 100%. Entre eles estão apontadores, borrachas, cadernos, canetas, colas, giz de cera, lápis, massa de modelar, papel sulfite e tesouras| Foto: Fotos: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Compra pela internet requer alguns cuidados

Segundo o educador financeiro Silvio Bianchi, comprar pela internet pode ser uma boa alternativa para quem quer economizar, porém, exige bastante atenção. "A compra on-line tem a vantagem de que você encontra preços menores, mas é importante conhecer o site de onde se compra. Há muitos casos de atrasos na entrega; de envio de produtos errados e até mesmo de consumidores que pagaram e nunca viram suas encomendas", observa.

Bianchi também alerta para o engodo das superpromoções e condições de pagamento em muitas parcelas. "Ninguém vende parcelado sem cobrar juros. Muitas vezes o juro já vem embutido no valor do produto, mas com certeza está ali". O ideal, diz, é pagar à vista. "Se puder pagar à vista, prefira. E, nesse caso, pechinche sempre, pois as lojas podem praticar valores diferenciados para pagamentos à vista ou parcelados".

Já o Procon-PR lembra que a instituição de ensino não pode exigir que o aluno compre material de uso coletivo, como giz e canetas para quadro branco, material de limpeza ou papel higiênico.

A escola também não pode determinar que se compre material de determinada marca ou em determinado estabelecimento, uma vez que o consumidor tem total liberdade de pesquisar pelos melhores preços e condições de pagamento.

Para economizar

Há estratégias que ajudam a economizar na compra de materiais escolares. O educador financeiro Silvio Bianchi dá algumas dicas:

Veja o que já tem em casa

Com a lista de material escolar em mãos, confira tudo o que você já tem em casa e risque esses itens. Tesoura, compasso, régua e estojo, por exemplo, podem ser reaproveitados de um ano para o outro, pois têm durabilidade maior. Da mesma forma, se você tem filhos em idade escolar diferentes matriculados na mesma instituição, é possível reaproveitar os livros didáticos se a bibliografia obrigatória não mudar de um ano para o outro.

Reaproveitar é possível

Muitas vezes os cadernos não são totalmente utilizados até o fim do ano letivo. Isso significa muitas folhas em branco que podem ser reaproveitadas. Se os cadernos forem em espiral, basta desmontá-lo, reunir as folhas em branco, customizar uma nova capa e montar o espiral novamente.

Compre aos poucos

Algumas escolas pedem uma lista extensa de materiais, o que representa um custo alto. Se o seu orçamento familiar não comportar, converse com a professora para saber quais itens serão usados primeiro e quais podem ser adquiridos depois. Assim, você consegue comprar os materiais necessários em partes sem prejudicar o filho em sala de aula.

Crie um grupo de compras

Chame outros pais para comprar o material escolar juntos. Quanto maior a quantidade de itens a ser adquirido, maior é o desconto ou melhores as condições de pagamento, pois nenhum vendedor quer perder uma venda grande. O mesmo vale para os livros didáticos ou obras de literatura obrigatórias: negociando um número maior de exemplares diretamente com as editoras, o desconto pode ser mais significativo.

  • A melhor maneira de não estourar o orçamento com a compra do material escolar é definir o quanto se pode gastar e o que precisa ser comprado

Caderno, caneta e lápis de cor. Apontador, borracha e tinta guache. Ah, e a tesoura! Janeiro é mês de comprar material escolar. Nesse período, em que as famílias têm de administrar grandes gastos, como o IPVA e o IPTU, o material escolar pode transformar-se facilmente em mais uma preocupação financeira devido ao aumento dos preços, prática comum às vésperas do início do ano letivo, quando a procura por itens de papelaria pode aumentar mais de 50%.

Confira a lista completa com a pesquisa do Procon-PR

Pesquisa de preço de materiais escolares realizada pelo Procon-PR em Curitiba encontrou diferença superior a 200% no valor cobrado por um mesmo produto em diferentes estabelecimentos. O levantamento consultou os preços de 265 itens entre os dias 12 e 16 de janeiro, em dez papelarias da capital.

Entre os materiais pesquisados, 29 itens registraram diferença igual ou acima de 100% (entre apontadores, borrachas, cadernos, canetas, colas, giz de cera, lápis, massa de modelar, papel sulfite e tesouras), e apenas quatro produtos não apresentaram variação significativa (abaixo de 5%).

O grande vilão da vez é a tesoura, item com maior diferença de preço, que pode ser encontrada por R$ 2,99 até R$ 9,80 – variação porcentual de 227,76%. Em segundo lugar aparece ecolápis, com 177,78% de variação e preços que vão de R$ 0,90 a R$ 2,50. A terceira maior discrepância ficou com a caneta 0,7 milímetros, cujos preços apresentam diferença de até R$ 3,70 entre uma loja e outra. A pesquisa completa está disponível no site da Gazeta do Povo.

Pesquisar e orçar

Para evitar transtornos, pais tentam descobrir como economizar sem abrir mão dos itens exigidos pelas escolas enquanto administram o orçamento para dar conta de tudo. De acordo com o educador financeiro Silvio Bianchi, da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), a melhor maneira de economizar é seguir algumas lições básicas de economia financeira familiar: primeiro, definir claramente quanto se pode gastar sem comprometer o orçamento mensal.

"Sem saber a disponibilidade orçamentária, o risco de contrair dívidas ou gastar mais do que o necessário é maior", explica. Bianchi também recomenda que os pais planejem a compra dos materiais escolares com antecedência, guardando uma quantia mês a mês para, no início do ano letivo, dispor de uma reserva para essas compras.

A segunda regra básica é a boa e velha pesquisa de preço. "Informação é essencial para escolher melhor. Mas procure pesquisar com antecedência. Quem deixa para última hora, tende a comprar a qualquer preço ou produtos de qualidade inferior", complementa Bianchi.

Desconto ou parcelamento

Segundo Eva de Fátima Nubesniak, gerente de papelaria no Centro de Curitiba, a pechincha é prática recorrente na loja. "Temos clientes cativos, que já procuram pela loja porque sabem que temos qualidade e o descontinho. Nós negociamos caso a caso." Já Julio Guterres, gerente de uma filial de uma grande rede de lojas, aposta nas condições de pagamento. Na loja dele, o cliente pode parcelar em 10 vezes sem juros e sem entrada, se a parcela for maior do que R$ 10.

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