O governo assumiu o compromisso de reduzir de 36,1 por cento a 38,9 por cento suas emissões de gases causadores do efeito estufa estimadas para 2020, disse a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a jornalistas em São Paulo nesta sexta-feira (13).
Segundo a ministra, essa é a faixa com que o país vai trabalhar com base em "ações voluntárias". Dilma disse ainda que foi levado em conta um crescimento do PIB de 4 por cento a 6 por cento ao ano até 2020.
"Nosso objetivo com isso é assumir uma posição política nesse caso, mostrando que o Brasil tem compromissos com o desenvolvimento sustentável", afirmou Dilma.
O redutor está dividido em quatro grandes grupos: uso da terra, especialmente controle de desmatamento (24,7% até 2020), agropecuária (4,9% a 6,1%), energia (6,1% a 7,7%) e "outros", especialmente siderurgia, com a substituição de carvão de desmate pelo originário de replantio de árvores (0,3% a 0,4%). "Não é timida (a meta), é bem proximo de 40% e ninguem prometeu 40%. É uma estimativa. Queria pedir a compreensao para o fato de que é uma tentativa forte do governo. Nao é um fiasco", disse Dilma.
O Brasil pretende desempenhar papel-chave na cúpula mundial sobre o clima, marcada para o mês que vem em Copenhague, capital da Dinamarca e, com essa oferta de redução, pretende convencer os países ricos a anunciarem metas próprias.
Anteriormente, o governo já havia anunciado o compromisso de reduzir em 80 por cento o desmatamento da Amazônia até 2020, o que representa um corte de 20 por cento nas emissões dos gases-estufa. Segundo o Ministério do Meio Ambiente significa corte de cerca de 580 milhões de toneladas de CO2.
As negociações na capital dinamarquesa têm o objetivo de chegar a um acordo que suceda o Protocolo de Kyoto, de 1997, para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, apontados como responsáveis pelo aquecimento global.
Entre os principais entraves para um acordo estão divergências sobre como dividir os esforços de redução de emissões entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e de onde sairão bilhões de dólares em recursos apara ajudar os países pobres a fazerem frente às mudanças no clima.
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