A presidente Dilma Rousseff (PT) decretou luto oficial de três dias pela tragédia ocorrida em uma escola em Realengo, no Rio de Janeiro, onde 11 crianças foram mortas por um atirador. O episódio emocionou a presidente, que um pouco mais cedo encerrou uma cerimônia no Palácio do Planalto pedindo um minuto de silêncio em respeito às vítimas.
Durante cerimônia em comemoração da formalização de 1 milhão de empreendedores individuais, a presidente afirmou "repudiar" o ato de violência "contra crianças indefesas".
Ela chegou a chorar e embargar a voz ao pedir aos presentes "um minuto de silêncio aos brasileirinhos".
"Hoje, temos também que lamentar o fato que aconteceu em Realengo com crianças indefesas. Não era característica do país ocorrer este tipo de crime. Por isso, considero que todos aqui, homens e mulheres, estamos unidos no repúdio àquele ato de violência, no repúdio a esse tipo de violência sobretudo a crianças indefesas", afirmou.
Por causa da tragédia no Rio, Dilma não chegou a discursar sobre a marca alcançada de formalização de trabalhadores.A cerimônia foi encerrada após 20 minutos, apenas com a fala da presidente sobre o massacre.
Normalmente, o presidente da República é o último a falar em cerimônias oficiais, mas, por causa da tragédia, Dilma resolveu subir primeiro ao púlpito e dedicar o discurso às crianças mortas. A cerimônia foi encerrada logo em seguida.
"Encerro meu discurso homenageando crianças inocentes que perderam a vida e o futuro e Realengo", concluiu.
Ministros
Em nota, o Ministério da Justiça informou que o ministro José Eduardo Cardozo entrou em contato com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e com o prefeito, Eduardo Paes.
Segundo a nota, "o ministro ofereceu apoio ao governo do estado e solidariedade aos familiares em nome do governo federal". Em João Pessoa (PB), onde fez palestra no Encontro Nacional de Combate às Organizações Criminosas, Cardozo pediu um minuto de silêncio pelas vítimas.
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O caso
Pelo menos 11 pessoas morreram e 22 ficaram feridas no episódio, na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O atirador foi identificado pela polícia como Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos. Segundo a Polícia Militar, ele era ex-aluno da escola.
De acordo com o coronel da polícia Djalma Beltrami, Oliveira deixou no local uma carta com inscrições complicadas, segundo afirmou. "Ele tinha a determinação de se suicidar depois da tragédia", contou Beltrami. A carta foi entregue a agentes da Divisão de Homicídios.
Conhecido na escola por ser ex-aluno, ele teria entrado sob o argumento de que iria fazer uma palestra. De acordo com a polícia, ele usou dois revólveres, que chegou a recarregar várias vezes.
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