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Transportes

Dilma descarta inclusão do metrô no PAC da Copa

Estudo do terreno começou no meio do ano. Se depender do governo federal, estágios seguintes da obra não virão tão cedo | Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo
Estudo do terreno começou no meio do ano. Se depender do governo federal, estágios seguintes da obra não virão tão cedo (Foto: Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo)

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, acabou ontem com as expectativas que a prefeitura de Curitiba tinha para conseguir financiamento do governo federal por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a construção do metrô até a Copa do Mundo de 2014. Ela deixou claro que os projetos que incluem obras relacionadas à construção de metrôs não serão contemplados neste momento. "Os metrôs a gente está indicando que entrem no PAC 2, que o presidente Lula tem sempre dito que ele vai deixar já estruturado para o próximo governo", explica Dilma.

O balde de água fria veio durante o programa Bom Dia, Ministro, diante de uma pergunta da jornalista Denise Mello, da Rádio Banda B. A ministra explicou que a União tem R$ 5 bi­­lhões para investir na área de mobilidade urbana. "São 12 cidades; se R$ 1 bilhão for para o metrô de Curitiba, ficam só R$ 4 bilhões para 11 cidades. A desproporção é um pouquinho grande", justifica.

O investimento estimado para as obras do metrô é de R$ 2 bilhões – R$ 1,2 bilhão para o trecho Sul e R$ 800 milhões para a parte Norte –, valor que seria dividido entre o poder público e a iniciativa privada. "O prefeito pode pleitear estes recursos, se ele quiser que o governo federal participe, para o PAC 2", considera Dilma.

O PAC 2 é apontado pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, como a melhor alternativa para Curitiba. Para Bernardo, há outras obras mais prioritárias na cidade a serem feitas para o Mundial, como reformas na Avenida das Torres, melhorias no Aeroporto Internacional Afonso Pena e a conclusão da Arena da Baixada.

Prefeitura

Apesar das afirmações vindas do primeiro escalão federal, a prefeitura informa que o projeto continuará em discussão com o governo federal e reforça que a União firmou um compromisso com a Fifa de melhorar as condições de transporte público nas cidades-sede da Copa. Entre­­tanto, sem os recursos do PAC, o pre­­sidente do Instituto de Pla­­nejamento e Pesquisas de Curi­­tiba (Ippuc), Cléver de Almeida, afirmou nesta semana – antes das declarações de Dilma Rousseff – que considera difícil terminar o metrô até a Copa. "É muito pouco provável que encontremos outras formas de financiamento num curto espaço de tempo", disse Almeida. "Para fazer qualquer obra precisa-se de recurso. Curitiba não tem recurso para o metrô, assim como nenhum outro município. Se os recursos não vêm, não tem obra", completou.

Contudo, o prefeito em exercício, Luciano Ducci, ainda acredita na parceria entre a prefeitura de Curitiba e o governo federal para a construção do metrô. Ducci afirma que há um amplo trabalho da equipe técnica da União e do município para viabilizar o projeto. "O governo Lula e o ministro Paulo Bernardo sabem a importância dessa obra para a cidade. Vamos ter sucesso no processo. Se não for pelo PAC, haverá outra forma de financiamento do governo", espera.

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