A presidente Dilma Rousseff afirmou hoje que a Operação Ágata 7, que reforçou a vigilância das fronteiras, já apreendeu seis toneladas de drogas e oito toneladas de explosivos.
"Os resultados da Ágata 7 são muito bons. Nesses primeiros dias da operação foram vistoriados 184 mil veículos e 12 mil embarcações, e isso levou à apreensão de mais de seis toneladas de drogas e 8.000 quilos de explosivos, que poderiam ir para as mãos de criminosos em nossas cidades se não tivessem sido apreendidos", afirmou Dilma, no programa "Café com a Presidenta".
Iniciada no dia 18 de maio, a operação é a maior mobilização das Forças Armadas desde a Segunda Guerra Mundial - são cerca de 25 mil militares e 10 mil civis de órgãos como a Polícia Federal, espalhados pela fronteira, do Oiapoque, no Amapá, ao Chuí, no Rio Grande do Sul.
Ela prometeu até o ano que vem entregar um scanner móvel para cada Estado. Os Estados das fronteiras receberão dois cada, segundo a presidente. A fronteira brasileira tem uma extensão de 16,8 mil quilômetros. "Esses aparelhos são scanners moderníssimos que localizam drogas e armas escondidas nos caminhões e nos carros, até mesmo nos pneus ou na lataria dos veículos", afirma.
Ela prometeu ainda repassar aos governos R$ 30 milhões para a compra de câmeras de vigilâncias. "Essas câmeras serão instaladas em 60 municípios, e os Estados vão montar também sistemas de transmissão e de monitoramento dessas imagens. A segurança pública é uma responsabilidade dos estados, prevista na Constituição para os Estados, mas o governo federal tem o dever de participar e ajudar esse processo."
A operação é parte do Plano Estratégico de Fronteira, cujo objetivo é desenvolver uma ação coordenada entre as Forças Armadas, Polícia Federal, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal nas áreas de fronteira e inibir tráfico e outros crimes.
A Ágata foi iniciada por causa da segurança exigida para a Copa das Confederações, que acontece neste mês, e a Jornada Mundial da Juventude, marcada para julho.