A presidente Dilma Rousseff (PT), que pedala diariamente como parte de um programa de emagrecimento, pregou o uso da bicicleta e trânsito colaborativo, durante a abertura da 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito. Em seu discurso, Dilma disse que a prevenção aos acidentes deve ser a prioridade das ações no trânsito no Brasil. Ela citou ações como a construção de ciclovias, calçadas e faixas de pedestre como formas de promover uma mobilidade segura da população. No evento com a participação de mais de 120 países, a presidente afirmou que os motoqueiros estão entre as maiores vítimas de acidentes no país.
“Estamos empenhados na promoção da mobilidade segura de todos os cidadãos, especialmente os mais vulneráveis, os mais expostos ao tráfego pesado. Aqui, uma parte expressiva das vítimas são motociclistas. Calçadas, faixas de pedestre, ciclovias, transporte público eficiente e moderno, limite de velocidade, ruas bem sinalizadas são medidas importantes. Uma mobilidade mais eficiente e segura significa uma vida mais saudável, protegida e sustentável. O uso da bicicleta reduz as emissões de CO2. A valorização do pedestre é estímulo à atividade física. Um trânsito mais colaborativo estimula uma convivência pacífica e a melhor utilização dos espaços públicos”, discursou Dilma.
Ela mencionou ainda que medidas simples, como o uso de segurança e do capacete (para os motoqueiros) ajudam a salvar vidas. E disse que, no Brasil, as crianças ajudaram a incutir na população a cultura do cinto de segurança, cobrando que seus pais o usassem. Dilma também condenou a direção sob efeito do álcool e a utilização de celulares ao volante. E lembrou que entre 2012 e 2013 a Lei Seca foi responsável por uma redução de 6% no número de mortes no trânsito. Antes da lei, disse, esse dado aumentava consistentemente há décadas.
A presidente também afirmou que os governos são responsáveis por regulamentarem a padronização de itens de segurança automotiva, como a exigência do air bag frontal, do freio ABS e do uso de cadeirinhas para crianças pequenas e bebês. Ao fim de sua fala, Dilma agradeceu às famílias de vítimas fatais no trânsito que se engajam na luta contra acidentes.
“Esse é o espírito que deve mover todos nós”, afirmou.
Antes dela, a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, destacou a presença de autoridades de vários setores para mostrar que a a redução das mortes no trânsito passa por ações em diversas áreas. Pelo Brasil, por exemplo, estavam presentes os ministros da Justiça (José Eduardo Cardozo), das Cidades (Gilberto Kassab), da Saúde (Marcelo Castro) e dos Transportes (Antônio Carlos Rodrigues).
“Não há desculpa para os governos não tomarem medidas para evitar essas mortes, porque essas mortes são evitáveis”, disse Margaret Chan.
De acordo com relatório divulgado pela OMS em outubro, o Brasil registrou 42.291 mortes no trânsito em 2013. Ao longo dos últimos anos, a taxa de mortes no trânsito por 100 mil habitantes passou de cerca de 19 em 2003 para pouco mais de 22 em 2013. Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Castro, o Brasil não conseguiu diminuir esses números em razão do crescimento de mortes envolvendo motocicletas. Já o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, destacou que houve um grande crescimento do número de veículos no Brasil e que, se nenhuma ação tivesse sido tomada, os números seriam mais alarmantes ainda.
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