Em uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff disse que foi um erro do governo deixar sob responsabilidade das faculdades particulares as matrículas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Além desse problema, Dilma disse que o governo está corrigindo a distorção de que alunos que tiraram zero em Português conseguiam ter acesso à bolsa do governo.
“Vocês querem uma confissão de erro? O governo cometeu um erro no Fies. Passou para o setor privado o controle dos cursos. Isso não é culpa do setor privado. Em vez de você controlar as matrículas, quem controlava as matriculas era o setor privado, esse é um erro que cometemos, detectamos, voltamos atrás e estamos ajustando o programa. Agora (as matrículas) vão ter de passar pelo governo. Nos não aceitamos mais que uma pessoa que tirar zero em Português tenha direito a bolsa”, disse Dilma.
Perguntada se as alterações não vão comprometer o programa, que teve uma série de candidatos congestionando as faculdades em busca de solução, já que não conseguiam soluções no site do Fies, Dilma disse: “Esse que tem zero em português compromete o Brasil, se a gente não exigir das instituições que modifiquem”.
O governo federal limitará o acesso ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e implementará um sistema unificado, similar ao Sistema de Seleção Unificado (Sisu), no programa. Segundo o Ministério da Educação (MEC), o critério para a distribuição das vagas entre as instituições será mais rigoroso e os auxílios continuarão sendo distribuídos de acordo com a nota dos cursos no Conceito Preliminar de Curso (CPC).
O MEC implementará um sistema unificado online, que seguirá os moldes do Sisu e do Programa Universidade para todos (ProUni), para realizar a concessão do benefício. O novo formato entrará em vigor em junho deste ano. A partir de agora, por exemplo, apenas alunos que tiverem pelo menos 450 pontos no Enem e não tiverem zerado a redação poderão ingressar no programa de financiamento.
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