A presidente Dilma Rousseff pediu nesta quarta-feira (11) que o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, delegue à mineradora Samarco e suas controladoras, Vale e BHP, todos os custos para recuperar os municípios atingidos pelo rompimento de duas barragens na região de Mariana, em Minas Gerais.
Segundo a reportagem apurou, a presidente tem dito a aliados que não é papel do governo federal assumir as despesas de uma tragédia causada por empresas privadas.
O ministro da Casa Civil vai organizar um reunião, que deve acontecer ainda esta semana, com representantes da mineradora e da Defesa Civil, além do Ministério da Integração Nacional, para discutir, principalmente, os gastos com abastecimento de água nas cidades atingidas pela lama.
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Leia a matéria completaO objetivo é que os municípios apresentem as contas quanto a carros-pipa, adutoras e sistema de abastecimento para que a Samarco pague todas as despesas. Ainda de acordo com auxiliares de Dilma, a mineradora não tem se recusado a prestar ajuda na região, mas é preciso ficar claro, dizem, que as empresas devem ficar com todo o ônus e paguem as contas apresentadas pelos prefeitos.
Visita
Depois de uma semana do acidente, Dilma deve visitar a região nesta quinta-feira (12) que já contabiliza oito corpos encontrados (quatro identificados) e 21 desaparecidas. A demora da visita se deu porque, mesmo aconselhada por ministros a visitar os entornos de Mariana, Dilma insistia que era preciso “ficar claro de quem era a responsabilidade” antes de seguir a Minas Gerais e Espírito Santo.
Ainda nesta quarta (11), a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que o governo estava analisando aplicação de multa contra as empresas.
“Se couber a aplicação de multa por parte do órgão federal, nós aplicaremos e seremos rígidos. Vai ter punição, tem de ter a penalização brasileira restaurar ambientalmente, terá de fazer, mas teremos de entender todo o processo e não tive as informações ainda do licenciamento ambiental”, afirmou.
Ela também ressaltou que o acidente foi uma “catástrofe ambiental” e que o governo federal deve avaliar a possibilidade de endurecimento na legislação e fiscalização para que novos desastres como este não ocorram.
“Nós temos de avaliar não só a questão da remediações, mas também o caráter preventivo, se a legislação que está posta é suficiente ou não para fazermos esses. Minas Gerais tem sido objeto de acidentes nos últimos anos de barragens. E com o detalhe importante que esse acidente não está associado a chuvas”, concluiu.
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