A julgar pelas perguntas que surgiram na noite da última quarta-feira durante o Papo Universitário, promovido pela Gazeta do Povo no Teatro Paiol, algumas das questões que mais preocupam os envolvidos em cultura têm a ver com o consumidor de arte e com o dinheiro público.
A conversa se deu entre o cineasta Fernando Severo, o diretor de teatro Edson Bueno e o músico Rodrigo Barros, com mediação do jornalista Luigi Poniwass. Antes de abrir para as perguntas do público que conduz a maior parte do evento , os três começaram falando sobre as dificuldades de ser artista em Curitiba. Aqui a palavra "dinheiro" apareceu pela primeira vez. E ela voltaria muitas outras ao longo da discussão. No teatro e no cinema, Bueno e Severo concordam que é muito difícil existir produção sem a ajuda de leis de incentivo. "Mas a revolução tecnológica dá uma independência muito grande para o artista", disse Severo.
Já uma peça teatral, nas palavras de Bueno, não tem condições de se sustentar apenas com a venda de ingressos. Subsídios são fundamentais. "O problema é que as empresas que investem querem sempre o rosto de um ator famoso", disse.
Quanto à música, Barros destacou um fenômeno local: existem shows que almejam plateias de cem pessoas e de 10 mil pessoas. Os eventos médios, que dariam sustentação aos músicos, praticamente inexistem.
Criando uma imagem a partir do que disseram os três profissionais, o curitibano acha a arte inútil, não gosta de cinema brasileiro, ignora os filmes alternativos, só ouve música cover e nunca vai ao teatro. Para Bueno, o amor pela arte e pelo artista tem de ser ensinado na escola. "A arte transforma a pessoa, que transforma a realidade", disse.
Prejuízo recorde ressalta uso político e má gestão das empresas estatais sob Lula 3
Moraes enfrenta dilema com convite de Trump a Bolsonaro, e enrolação pode ser recurso
Carta sobre inflação é mau começo para Galípolo no BC
Como obsessão woke e negligência contribuíram para que o fogo se alastrasse na Califórnia
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora