Próximo de US$ 13 mil (quase R$ 30 mil) que estavam no Cartório da 6.ª Vara Criminal de Curitiba, no oitavo andar de um edifício do Centro, desapareceram há pelo menos oito meses e nenhuma decisão foi tomada até o momento. Assim, Curitiba entra na rota dos sumiços de dinheiro em órgãos públicos. A falta do montante só foi percebida depois que a Justiça determinou, em abril, a restituição aos proprietários.
A Corregedoria Geral da Justiça (CGJ) trabalha com duas versões. A escrivã Graça Fátima de Farias teria tomado o dinheiro "emprestado" ou o valor teria sumido misteriosamente. "Ainda não recebemos nenhuma confissão e não temos indícios para instaurar um processo administrativo ou afastar alguém", explica o juiz da CGJ Everton Penter Corrêa.
O dinheiro era parte do material apreendido em uma operação da Polícia Militar em fevereiro de 2004, quando quatro pessoas foram presas por porte ilegal de arma, formação de quadrilha e danos contra o patrimônio. Três meses depois, o caso e todo o material apreendido foram encaminhados para julgamento da 6.ª Vara Criminal.
"Depois que a Justiça determinou que o dinheiro fosse devolvido a meus clientes, a escrivã sempre falava para buscar no outro dia", relata o advogado José Leocádio de Camargo. De acordo com Camargo, por quase três meses, seus clientes esperaram a devolução do dinheiro, até que decidiram processá-la por peculato e solicitar medidas administrativas e disciplinares contra a escrivã.
Embora as acusações sejam direcionadas contra Graça, ela continua trabalhando na 6.ª Vara. No entanto, ontem, a escrivã não foi trabalhar. "Ela é muito esforçada, trabalha bastante e conhece o que está fazendo", fala o juiz titular da 6.ª Vara Criminal, Orestes Delay. O juiz alega que o incidente aconteceu enquanto estava de férias e a juíza Suzana Massako Hirama Loreto de Oliveira estava em seu lugar. Procurada, a juíza não pôde falar por estar hospitalizada.
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