A pedido da Promotoria de Justiça das Fundações e do Terceiro Setor, do Ministério Público Estadual (MP), a Justiça determinou o afastamento provisório da direção da Fundação Honorina Valente instituição filantrópica com sede no Jardim Social, em Curitiba, criada em 1981 e que coordena programas sociais voltados a crianças e adolescentes carentes e idosos. A decisão, da última sexta-feira, é do juiz José Roberto Pinto Júnior, da 8ª Vara Cível.
Além de nomear o advogado José de Andrade Faria Neto como administrador provisório da fundação, o despacho do juiz também determina a indisponibilidade judicial dos bens da instituição, como recursos de fundos de investimento, um imóvel e obras de arte. Na ação, o MP pede a destituição definitiva dos conselheiros e diretores do Honorina Valente.
De acordo com a auditoria feita pelo próprio MP na contabilidade da fundação desde 2003, membros da direção da Honorina Valente estariam utilizando recursos da instituição em despesas pessoais, incluindo viagens internacionais a turismo. Além disso, a auditoria do Ministério Público também aponta a venda de bens materiais da fundação, principalmente obras de arte de alto valor, sem autorização judicial ou do próprio MP.
Os conselheiros e dirigentes da instituição também estariam usando bens da fundação em proveito próprio. Segundo o relatório, alguns desses bens, como as peças de obras de arte, estariam sendo utilizadas de adorno nas residências de alguns dos próprios dirigentes e conselheiros.
O maior exemplo das supostas irregularidades está no valor destinado à assistência de asilos. De acordo com a auditoria, mesmo sendo a principal atividade da fundação, o recurso para esta finalidade era de apenas R$ 10,2 mil por ano. Comparativamente, o valor destinado à publicidade foi 81% maior para o mesmo período: R$ 100,8 mil.
A reportagem tentou entrar em contato com a direção afastada da Fundação Honorina Valente. No entanto, nenhum dos três telefones da instituição foram atendidos ontem à tarde.
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