O diretor da ONG norte-americana que doou mais de R$ 2,5 milhões em medicamento de combate ao câncer a um hospital de Cascavel está visitando a cidade. A intenção dele é conhecer como estão sendo utilizados os medicamentos doados. O problema é que eles sequer foram repassados ao hospital até o momento. Os remédios seguem retidos nos aeroportos de Foz do Iguaçu há dois meses, e de São José dos Pinhais há um mês.

CARREGANDO :)

Logo na primeira visita do dia, o diretor da ONG norte-americana Thomas Blumm pode ver que faltavam cadeiras no pronto-socorro do hospital de Cascavel. O convênio com a ONG inclui o repasse de outros medicamentos a postos de saúde de Cascavel. Mas isso só vai acontecer quando o primeiro lote for liberado e chegar ao seu destino.

Tudo porque a prefeitura da cidade não havia apresentado a documentação necessária para a liberação dos medicamentos, além da burocracia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Nesta segunda-feira, o prefeito de Cascavel, Thomas Roone, afirmou que o município vai resolver a situação, porém vai ter que pagar R$ 50 mil pelo tempo de armazenamento dos remédios nos aeroportos.

Publicidade

O diretor da ONG lamentou a situação, e afirmou que os processos para regularização de doações de medicamentos em outros países são mais simples.

A prefeitura da cidade também entrou em acordo com a Receita Federal, que cobrava a apresentação dos documentos. A multa poderia chegar a R$ 200 mil. Agora, falta conseguir a liberação dos remédios que estão armazenados em São José dos Pinhais.

O diretor da ONG teve acesso ao descaso para com a saúde em Cascavel. Confira as opiniões de Thomas Blumm na matéria em vídeo