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Pela 1ª vez, governo e concessionárias sinalizam negociação fora dos tribunais

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O diretor regional da Associação Brasileira de Concessionárias Rodoviárias (ABCR), João Chiminazzo Neto, respondeu à proposta do governador Roberto Requião (PMDB) para negociação do preço dos pedágios no Paraná, conforme reportagem desta segunda-feira (12) da Gazeta do Povo, dizendo que não há clareza sobre as intenções do governador na possibilidade de negociação com as concessionárias de rodovias.

Em nota publicada na Agência Estadual de Notícias, na sexta-feira (9), o governador propôs que as empresas pratiquem o "mesmo preço e as mesmas condições do último leilão de concessões de rodovias feito pelo Governo Federal". Essa seria a condição apresentada pelo governador para negociar com as empresas.

Chiminazzo Neto acredita que a proposta abre um canal de negociação com o governo do estado, mas considera a intenção do governador dúbia. "A nota curta e seca divulgada pelo site do governo pode ser interpretada como um bom sinal, de que existe espaço para a negociação, ou como um mau sinal de que o governo se mantém irredutível na opção pelo impasse político e pela guerra jurídica travada nos últimos cinco anos", disse Chiminazzo.

Modelo

A direção da ABCR acredita que a equiparação dos preços só poderá ser discutida se o modelo de concessão do Paraná for modificado, inserindo-se a mesma configuração lançada pelo governo federal. "Será preocupante se o governador quiser simplesmente comparar tarifas nominais sem considerar condições contratuais, econômicas, financeiras, tributárias, técnicas e, principalmente, as enormes diferenças de fluxos de veículos entre os novos trechos federais e as estradas do nosso estado", disse o diretor.

Chiminazzo lembra que a Comissão Especial de Investigação da Assembléia Legislativa, que está investigando o pedágio no Paraná, tem conhecimento de todas as informações sobre os procedimentos das concessionárias. Chiminazzo prestou depoimento à CEI na semana passada. "Não queremos interpretar a declaração do governador como um balde de água fria no trabalho de intermediação dessa questão, que vinha sendo competentemente desenvolvido, em iniciativa inédita, pelo Poder Legislativo.", disse. Ele diz que vai aguardar o relatório da CEI e que, assim como o Legislativo.

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