Brasília Na primeira manifestação pública sobre a crise que derrubou o número 2 do comando da Polícia Federal, delegado Zulmar Pimentel, acusado de ter vazado informações sigilosas para colegas investigados pela Operação Navalha, o diretor-geral da instituição, Paulo Lacerda, afirmou ontem acreditar que a punição de Pimentel seja fruto de um equívoco de interpretação, por conta da falta de clareza e atualização nas normas de conduta policial.
Lacerda disse também confiar que a ministra Eliana Calmon, relatora da Operação Navalha no Superior Tribunal de Justiça e que ordenou o afastamento do segundo no comando da PF, reveja a punição, ao final da investigação.
"Respeitamos e confiamos plenamente na determinação da ministra, a qual reputamos como uma pessoa competente e justa, mas acredito que possa haver equívocos na avaliação que o culpam (Zulmar) de vazamento", afirmou.
Seu antecessor, afastado por 60 dias para se defender, foi punido porque, conforme as investigações, teria alertado um colega, o superintendente do Ceará, João Batista Paiva Santana, investigado por suspeita de envolvimento com a máfia das obras. Lacerda garantiu que Pimentel foi ao Ceará por ordem da Direção-Geral, comunicar a Santana que ele estava afastado do cargo e que o ato de exoneração seria publicado no Diário Oficial do dia seguinte.
O diretor-geral da PF informou também que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não está sendo investigado pela PF. "Ele (Renan) é uma autoridade que goza de foro especial no Supremo Tribunal Federal (STF), a quem compete dizer se há motivos para a PF ser acionada ou não. Neste instante, não há nenhum papel da PF a ser desempenhado."
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