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Palio do tenente-coronel Lourenço: metralhado em plena Avenida Brasil | Jadson Marques/Agência O Dia
Palio do tenente-coronel Lourenço: metralhado em plena Avenida Brasil| Foto: Jadson Marques/Agência O Dia

ALTO RISCO

Desde 2000, outros cinco dirigentes de prisões do Rio foram mortos.

2000 – Sidneya Santos de Jesus, diretora que ampliou o rigor das normas internas de Bangu 1, foi assassinada na porta de casa.

2003 – Paulo Roberto Rocha, coordenador de segurança do complexo de Bangu, morreu baleado. Abel Silvério, diretor de Bangu 3, foi assassinado com 17 tiros na Avenida Brasil, três semanas depois de o traficante Marcinho VP ter sido encontrado morto na prisão.

2004 – Investigado por suspeita de facilitar fugas e entradas de armas, Wagner Vasconcellos da Rocha, subdiretor de Bangu 1, morreu baleado em São João de Meriti.

2006 – Aílton dos Santos, diretor do presídio Ary Franco, foi morto com três tiros em Duque de Caxias.

Rio de Janeiro - O diretor do presídio de segurança máxima Gabriel Ferreira Castilho, o Bangu 3, tenente-coronel da Polícia Militar José Roberto Amaral Lourenço, de 41 anos, foi assassinado ontem pela manhã na Avenida Brasil, quando ia para a o trabalho. Os criminosos, que ocupavam dois carros, dispararam mais de 60 tiros contra o Palio de Lourenço, que estava sem escolta. Nada foi roubado.

Em Bangu 3, Lourenço dividia a direção com o irmão, o capitão Alexandre Amaral Lourenço, que administrava os presos menos perigosos. Já Lourenço cuidava do setor que abriga cerca de 450 detentos, entre eles os 55 encarcerados na galeria B-7, considerados do segundo escalão do Comando Vermelho (CV), como o chefe do tráfico do morro do Turano, Ocimar Nunes Robert, o Barbosinha; Alexander Mendes da Silva, o Polegar, líder do tráfico na Mangueira; e Aldair Marlon Duarte, o Aldair da Mangueira, apontado como o líder dos detentos.

Segundo testemunhas, os bandidos emparelharam com o carro do militar, por volta das 8h30, e dispararam os primeiros tiros. Lourenço perdeu a direção do veículo e desceu por um barranco, indo parar na Estrada de Gericinó, paralela à Avenida Brasil. Após ser baleado, o diretor ainda raspou a lateral do carro no muro de uma escola e parou no meio da rua. Um dos carros dos assassinos, a Blazer preta, parou na Avenida Brasil e dois homens saltaram e dispararam vários tiros de fuzil contra o carro do militar.

Os agentes da Delegacia de Homicídios já investigam o caso como uma morte encomendada e não descartam o envolvimento de presos do Comando Vermelho, que são maioria na unidade.

Lourenço deixa viúva e duas filhas. O policial militar atuava há quatro anos no sistema penitenciário e tinha fama de "linha-dura".

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