O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, falou em uma reunião com prefeitos em Cascavel, no Oeste do Paraná, que a melhor maneira para conseguir obras das concessionárias de estradas pode ser queimar praças de pedágio.
A declaração foi feita na sexta-feira passada, dia 27, em reunião na Associação de Municípios do Oeste do Paraná (Amop). Pagot, que é a segunda mais importante autoridade do Ministério dos Transportes, falava sobre a dificuldade dos moradores da região em conseguir a duplicação da BR-277 no trecho entre Cascavel e Medianeira uma antiga reivindicação da população.
O diretor afirmou então que os indígenas, quando querem ser ouvidos pelo governo federal, fazem protestos e acabam muitas vezes sendo atendidos. Nesse ponto, Pagot afirmou que o jeito poderia ser pedir a troca da empresa de pedágio. Ou, então, partir para atitudes mais radicias. "Ou então tem que queimar praça de pedágio", disse aos prefeitos.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Dnit afirmou que Pagot não iria se pronunciar sobre o tema. A assessoria afirmou que as declarações do diretor-geral estavam dentro de um contexto e que não podiam ser entendidas isoladamente. A fala seria uma espécie de ironia de Pagot, tendo em vista a dificuldade da população em obter as obras que considera necessárias.
Para a direção da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) no Paraná, porém, a declaração representa uma incitação à desobediência civil. "Ficamos chocados e indignados com uma declaração deste tipo por parte de uma autoridade", afirmou João Chiminazzo Neto, diretor da ABCR no estado.
Colaborou Katia Brembatti.
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