A diretora da Escola Municipal Deputado Mario Braga Ramos, em Ponta Grossa, que aparece em um vídeo sendo ameaçada pela mãe de um aluno, está afastada do cargo. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Secretaria de Educação do município neste sábado (28). No entanto, o órgão não soube precisar se a profissional pediu o afastamento ou se ela foi afastada por uma determinação da secretaria.
A assessoria de imprensa disse ainda que o afastamento deve durar somente até o fim das investigações sobre o caso. Outra pessoa que trabalha na pasta já assumiu a direção da escola.
O caso
A mãe de um aluno que fugiu da escola na última terça-feira (24) foi filmada ameaçando a diretora da instituição de ensino.
Nas imagens, gravadas por uma funcionária do local, Cíntia Ferreira da Silva aparece bastante exaltada, faz agressões verbais e aponta uma faca para a diretora. “Se o meu piá não aparecer hoje, eu juro que te mato”, diz ela no vídeo.
Os dois alunos do 4.º ano fugiram por uma abertura nas grades que cercam a escola. Segundo a Secretaria Municipal de Educação de Ponta Grossa, a abertura foi causada por vandalismo, mas a pasta afirma que está tomando providências para garantir mais segurança no local.
A situação levou a mãe do garoto a ser presa em flagrante no mesmo dia da confusão. Ela foi solta nesta sexta-feira (27).
Conforme relatou à reportagem a vizinha de Cíntia, Pontes, as crianças desapareceram por volta das 15 horas e encontradas por um tio às 23h30, em um matagal.
Segurança reforçada
Em nota divulgada na tarde desta sexta-feira, a secretária de educação de Ponta Grossa, Esméria Saveli, afirmou que, no dia da fuga dos alunos, a direção da escola entrou imediatamente em contato com o Conselho Tutelar, a Guarda Municipal e a Polícia Civil, e que professores ajudaram na busca pelas crianças.
A Secretaria informou ainda que na segunda-feira vai se reunir com a Patrulha Escolar para intensificar a segurança dos estudantes. “Professores e a equipe pedagógica também foram orientados a manter os portões sempre trancados e verificar a ocorrência de novas aberturas no alambrado que cerca o prédio”, diz a nota.
Outro lado
Na sexta-feira, a reportagem tentou contato, por telefone, com Cíntia para que ela pudesse comentar as acusações, mas ela não foi encontrada. Neste sábado, a reportagem voltou a tentar contato, desta vez com a defesa da mãe do garoto, mas o advogado tampouco atendeu às ligações.