O histórico de violência no Colégio Estadual Interlagos, em Cascavel, no Oeste, motivou uma manifestação na manhã desta sexta-feira (26) em frente à instituição de ensino. Alunos, pais e professores participaram do protesto que teve apoio de outras escolas da cidade. Na terça-feira (23) nove adolescentes foram apreendidos após provocarem um tumulto na escola e depredarem os vidros. Os professores suspenderam as aulas para registrar queixas contra os vândalos, oito deles alunos da escola.
Estudantes colocaram faixas e cartazes em frente à escola para chamar a atenção das autoridades. O professor Jomar Rocha, secretário de imprensa da APP-Sindicato, disse que o diretor Adenilson Moreira de Souza pediu afastamento para cuidar de problemas de saúde. A vice-diretora, Marili Timm Vanelli também pediu afastamento e foi para outra escola, por questões de segurança. Nos últimos dias os diretores sofreram graves ameaças.
Alunos e professores são unânimes em afirmar que o problema é social, mas momentaneamente a escola necessita de reforço de segurança por parte da Polícia Militar. "A escola não se nega a trabalha com nenhum aluno, mas tem que ter o mínimo de estrutura", declara Souza.
Um estudante de 14 anos que cursa a 7ª série, e que por questão de bom senso não vamos divulgar o nome, afirma que é comum a presença de alunos armados e usando drogas dentro da escola. "Já vi muito aluno armado, mas não dá para ficar olhando. Se você não for comportado, apanha; se for bagunceiro acham que estão competindo com eles", diz. Para ele, é necessário policiamento nos três turnos de aula.
O tenente Rafael Bugre Geller Dornelles, da Patrulha Escolar, diz que não tem como disponibilizar policiamento em tempo integral na unidade. Duas equipes trabalham em horários diferentes e precisam fazer a ronda em 42 escolas.
O NRE (Núcleo Regional de Ensino) informou que uma equipe da Ampare (Assessoria de Mobilização de Pais, Professores e Amigos da Rede Escolar), criada para apoiar escolas com problemas de indisciplina de alunos, ficará 20 dias na escola para colocar em prática um plano de ação contra a violência. A professora Inês Aliete Dalavechia, assistente do NRE, foi designada para responder interinamente pela direção.
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