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Crise na saúde

Diretores de hospitais vão a Brasília pedir o reajuste da tabela do SUS

Representantes de hospitais filantrópicos de todo o país aguardam para ainda para essa semana o agendamento de audiências com os ministros da Saúde (Saraiva Felipe), Fazenda (Antônio Palocci) e Planejamento (Paulo Bernardo). A intenção é demonstrar a situação caótica que vivem essas instituições por causa do baixo recurso repassado pelo governo federal.

A comitiva será recepcionada pela bancada da saúde no Congresso e tentará também audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Paraná será representado pela Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes (Femipa), que representa 63 dos 83 hospitais beneficentes do estado.

Há duas semanas, médicos e funcionários de hospitais filantrópicos de todo o país demonstraram insatisfação com o repasse de verba do governo federal, considerado insuficiente. A intenção é forçar o Ministério da Saúde a reajustar a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, o SUS repassa aos hospitais filantrópicos praticamente metade do valor de procedimentos como consultas e exames médicos – em alguns, o repasse chega a ser praticamente nulo.

A comitiva também cobra do ministério o repasse de R$ 200 milhões. O valor fazia parte do repasse de R$ 400 milhões aprovado em portaria do ano passado pelo ex-ministro Humberto Costa. Entretanto, ao assumir o cargo, o atual ministro reduziu o montante à metade.

Membro da Comissão de Saúde do Senado, o senador paranaense Flávio Arns (PT) apóia a movimentação da comitiva. Arns lamenta que o debate sobre o reajuste dos repasses federais ocorra numa situação extrema como a atual. "É importante a discussão sobre a recuperação das perdas financeiras, pois do contrário o atendimento ao povo fica comprometido", argumenta.

Recentemente, o senador esteve no Hospital e Materninade Vítor Ferreira do Amaral, em Curitiba, para verificar a situação. Entre as principais reclamações ouvidas pelo senador está justamente o reajuste na tabela do SUS. Segundo ele, o temor é de que com a manutenção da tabela atual, outras maternidades se descredenciem do sistema, superlotando o atendimento no Vítor Ferreira do Amaral.

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