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Personagem

Discurso de vítima é comum

Brasília – Outros personagens do escândalo do mensalão continuam a viver normalmente. Listado entre os 40 denunciados, o secretário-executivo do Núcleo de Assuntos Estratégicos de Comunicação, ex-ministro Luiz Gushiken, repete de forma quase dogmática que o PT nada mais fez do que seguir uma prática rotineira. No seu vocabulário, mensalão é "caixa 2". Em sua análise, tudo não passa de uma prática de todos partidos. Para ele, na hora de votar o povo não vai querer saber de discussão sobre corrupção, mas se a distribuição de renda melhorou.

No Congresso, os mensaleiros adotaram a estratégia de se contrapor à opinião pública com uma atuação legislativa de resultados. O deputado Professor Luizinho (SP) tem dado aulas nessa matéria. Ainda ajuda a liderança do PT a mobilizar os deputados a votarem com o governo. Conseguiu aprovar propostas que o transformam praticamente em deputado distrital, como o da Universidade do ABC.

Os deputados acusados de fazerem parte do mensalão mantiveram até alguns hábitos. Professor Luizinho, Paulo Rocha (PA), que renunciou, e José Mentor (SP), almoçam juntos toda semana, como faziam nos tempos em que Delúbio Soares e Marcos Valério distribuíam a dinheirama pelo Banco Rural.

O ex-presidente do PT José Genoíno (SP) assumiu o discurso de vítima e deve voltar à Câmara com boa votação. Dessa relação fazem parte também o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (SP) e o deputado João Magno (MG). Waldemar Costa Netto (PL), que renunciou, quer distância de jornalistas. "Ele vem bombando e vai ser eleito com o voto do Alto Tietê. Há uns dez anos não o vejo tão animado", diz um assessor.

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