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Em Curitiba

Disputa entre gangues pode ter motivado chacina em supermercado

A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoas (DHPP), da Polícia Civil, tem duas principais linhas de investigação para o que teria motivado a chacina ocorrida no estacionamento de um supermercado na Avenida das Torres na tarde de quarta-feira (31). A primeira delas é a disputa entre gangues rivais da Vila Torres e a outra é uma cobrança de dívida por drogas. O delegado-chefe da DHPP, Miguel Stadler, concedeu uma entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (1º) para falar sobre o caso.

Todas as cinco vítimas da chacina, segundo as primeiras informações da investigação, fazem parte da gangue do lado cima da Vila Torres, também conhecida como "Chicarada". Dois dos homens assassinados também foram reconhecidos por um assalto a uma casa de carnes, ocorrido na tarde de quarta no bairro Pilarzinho. Esses homens teriam levado R$ 3 mil do estabelecimento. Duas das vítimas da chacina estavam com R$ 2,5 mil em dinheiro. O veículo Fiat Uno branco, onde eles foram alvejados no estacionamento, estava com várias compras.

A princípio, de acordo com o delegado, a chacina não tem a ver com o roubo, mas tudo está sendo apurado. "Tudo indica que os autores são três ou quatro (pessoas)", disse. As imagens das câmeras do estacionamento do supermercado foram requisitadas e devem auxiliar a polícia na identificação dos suspeitos. Segundo as informações coletadas até o momento, os autores do crime chegaram ao local em um veículo Chevrolet Ônix preto, registrado no nome de uma mulher que nada tem a ver com o caso.

Segundo o policial, esses suspeitos teriam chegado ao supermercado, identificado as vítimas e disparado. Não teria havido tempo de reação. Apesar disso, a polícia ainda deve aguardar laudos definitivos da perícia e as imagens das câmeras de monitoramento. "Não há sinal que houve tiro saindo de dentro do Uno (onde estavam as vítimas)", esclareceu o delegado.

Se tivesse havido reação, poderia ter havido mais vítimas já que os homens assassinados estavam com uma pistola Glock calibre 9 milímetros, de fabricação estrangeira, com pente de 15 cartuchos e outro estendido de 30. Este, caso acoplado na pistola, a transformaria em uma espécie de submetralhadora, segundo o delegado. Os autores do crime usavam também pistolas calibre 380 e 9 milímetros. "Poderia ter sido ainda mais trágico", comentou.

Possível sexta vítima

Um sexto homem, de 25 anos, teria sido morto no estacionamento. Após socorrido por terceiros, ele teria sido encaminhado ao Hospital Cajuru, onde morreu. No entanto, a polícia ainda não confirma esta informação.

Passagem pela polícia

A Polícia Civil informou que três dos cinco mortos tinham passagens pela polícia. Diego Renato dos Santos, 25 anos, e Alan Fábio dos Santos, 26, saíram por meio de portaria da Colônia Penal Agrícola de Piraquara. Alan saiu na manhã de quarta-feira e voltaria no próximo sábado (3). Diego saiu em novembro. "Nós estamos com várias equipes na rua trabalhando no caso e não vamos medir esforços para solucioná-lo. Não é porque eles têm passagem que vai ficar sem resposta", prometeu Stadler.

A polícia ainda apura a possibilidade de a ordem da chacina ter saído de dentro do sistema penitenciário.

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