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Brasília – A briga entre correntes do PMDB, que havia sido amenizada com o ingresso do partido na coalizão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, promete voltar com força na escolha do novo presidente da legenda.

Os dois pré-candidatos ao cargo, Nelson Jobim e Michel Temer, tentaram chegar a um acordo sobre candidatura única, mas a iniciativa não foi em frente. A reportagem apurou que Temer e Jobim continuam as conversações na tentativa de evitar um racha do PMDB.

No entanto, aliados dos dois lados estão estimulado a disputa. Os dois chegaram a conversar por telefone quinta-feira.

Aliados de Jobim afirmam que o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) tem votos suficientes para derrotar o atual presidente do PMDB – que não vai abrir mão de sua candidatura. Pelos cálculos de interlocutores de Jobim, o ex-presidente do STF teria apoio de mais de 400 peemedebistas com direito a voto na convenção.

Cálculo não bate

Os aliados de Temer rebatem esse cálculo. O presidente da legenda calcula ter cerca de 450 votos, com a perspectiva de crescer até 500.

Como os integrantes do partido com direito a voto somam 782 peemedebistas – entre deputados, senadores, delegados e integrantes do diretório nacional – as contas dos dois grupos não fecham.

A decisão está marcada para o dia 11 de março, em reunião da convenção nacional do PMDB. Temer disse que a data será cumprida pelo partido.

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