Comissão
Um decreto publicado em Diário Oficial nesta semana determina a criação da Comissão de Análise da Tarifa do Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros do Município de Curitiba. A comissão terá representantes do Ministério Público, da Câmara Municipal de Curitiba, do Dieese e do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), além da administração municipal. O grupo deverá avaliar a metodologia e procedimentos do cálculo tarifário.
Integração
Prefeitos da RMC se reúnem com Fruet para discutir solução
Os prefeitos das 13 cidades da região metropolitana que fazem parte da Rede Integrada de Transporte (RIT) vão se reunir hoje com o prefeito Gustavo Fruet (PDT), em Curitiba, para discutir soluções para o sistema depois do anúncio de fim do subsídio feito pelo governador Beto Richa (PSDB). A intenção do encontro é traçar uma estratégia para tentar manter o auxílio e a viabilidade do sistema.
O prefeito de Pinhais e presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana (Assomec), Luizão Goularte (PT), criticou a decisão do governador. "Os usuários da região metropolitana são os mais prejudicados. Para manter a integração e o valor da passagem atrativo, a gente realmente precisa do subsídio", defende.
Para ele, é necessário também considerar as diferenças socioeconômicas entre os municípios que integram a rede. "Algumas cidades teriam uma dificuldade muito grande para financiar o sistema. É papel do governo do estado proporcionar esse equilíbrio", diz.
O governador Beto Richa (PSDB) afirmou ontem que uma nova proposta de ajuda para as cidades deve ser apresentada até abril. (FT)
O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, esperava anunciar hoje o aumento da passagem de ônibus da Rede Integrada de Transporte, mas a indefinição sobre o reajuste salarial dos trabalhadores do setor deve impedir o anúncio. A Urbs, gestora do sistema, trabalha com vários cenários, mas só pode bater o martelo em relação ao valor quando tiver a confirmação do acordo entre empregados e trabalhadores.
O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) protocolou quarta-feira um pedido de dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná e aguarda a marcação de audiência.
De acordo com o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, a opção pela Justiça do trabalho ocorreu porque as propostas apresentadas pelo sindicato patronal não satisfaziam as reivindicações da categoria. "Chegou um momento em que não houve progresso nas negociações e decidimos entrar na Justiça para ter uma proposta formal do sindicato patronal para levar em assembleia", diz.
Teixeira reconhece que o atual cenário do transporte coletivo não permite um grande reajuste, embora alegue que o salário da categoria esteja defasado. Os trabalhadores pedem um reajuste salarial de 30%, enquanto o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) já sinalizou que aceita pagar somente a variação da inflação no período, que é de 6,63%. Nessa semana, duas rodadas de negociação ocorreram na Urbs, que está mediando as conversas, sem que houvesse nenhum acordo.
Corre-corre
Enquanto isso, o reajuste iminente da tarifa do transporte coletivo tem atraido muitos passageiros à sede da Urbs para a compra de créditos do serviço antes do aumento de preço. Até a tarde de ontem, centenas de pessoas já haviam procurado os cinco guichês para garantir a compra de passagens a
R$ 2,60. As filas chegaram a contar com cerca de 150 pessoas, entre o fim da manhã e o início da tarde.
Por volta das 15 horas, havia cerca de 130 pessoas na fila e o tempo médio de espera era de 15 minutos. Os créditos podem ser adquiridos diretamente na sede da Urbs, localizada na Rodoferroviária, e também pela internet, no site www.urbs.curitiba.pr.gov.br.
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