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As freqüentes tentativas de fuga de detentos do 6.º Distrito Policial (DP), no bairro Cajuru, em Curitiba, têm preocupado os moradores da vizinhança da cadeia. Nos últimos dois meses, dez presos conseguiram fugir em três ações internas. "A infra-estrutura da delegacia precisa ser melhorada para que isso não aconteça com freqüência", considera um comerciante, que pediu anonimato.

A última fuga ocorreu na madrugada de ontem, quando quatro detentos escaparam por um buraco após serrarem as grades da cela e do basculante.

Desde 28 de setembro de 2004, por determinação da Justiça, a cela do 6.º DP deveria estar desativada. Hoje, 17 presos dividem o espaço destinado a apenas seis pessoas, no máximo – três deles já foram condenados. No entanto, a lotação já chegou a 25 detentos.

O local em que eles passam o dia inteiro é pouco iluminado e abafado. Sem chuveiro, os presos se revezam para tomar banho em uma torneira, a mesma utilizada para beber água. De acordo com o superintendente Gilberto Maciel de Paula, a superlotação facilita o trabalho dos detentos. "Toda vez que alguém é preso, solicitamos a transferência ao oficial de justiça da Vara da Corregedoria dos Presídios".

Entre os fugitivos de ontem, estão assaltantes e traficantes de entorpecentes. Everton Teixeira Barbosa, César do Santos, Michel Onorato e Valdir Félix de Matos escaparam pelos fundos da delegacia. Onorato e Matos não ficaram detidos nem uma semana. "Eles foram presos em Campina Grande do Sul, no dia 18, por assalto", afirma o superintendente. "Temos presos que já tentaram fugir quatro vezes", acrescenta. Até o final desta edição, nenhum fugitivo havia sido recapturado.

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