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À luz do "novo patamar" alcançado pelo país em petróleo e gás natural, como frisou Dilma Rousseff na entrevista coletiva que se seguiu ao anúncio da maior reserva já descoberta pela Petrobrás, o governo pretende mudar o marco legal da exploração para fazer com que as empresas não mais se limitem a pagar impostos e royalties. Nos novos contratos, elas deverão compartilhar com o Estado a produção do campo, em divisão porcentual ainda por ser definida.

É essa diretriz que explica a decisão, também anunciada ontem, de excluir 41 blocos próximos à grande reserva da 9.ª Rodada de Licitações, prevista para a virada do mês. No AeroLula a caminho do Rio, ministros invocavam as mudanças que foram feitas no modelo de licitação de rodovias e diziam que não faz mais sentido manter as regras atuais no setor de petróleo.

Prévia – Lula foi informado há 15 dias, durante visita à Petrobrás, de que estava confirmada a descoberta de reserva de petróleo e gás sem precedentes na bacia de Santos.

Dubai é aqui – Parte da comitiva que acompanhou o presidente ontem ao Rio só ficou sabendo no vôo do tamanho da notícia que seria anunciada pouco depois na Petrobrás. Diante dos queixos caídos, Lula brincou: "Parece que nós vamos entrar na Opep, não é, Dilma?".

2010 vem aí – Questão de agenda ou cálculo político, o fato é que Lula se mandou do Rio para o Chile tão logo encerrados os trabalhos na Petrobrás, deixando a ministra da Casa Civil sozinha no palco para divulgar a boa nova.

Showtime – Ministros como Dilma, Paulo Bernardo (Planejamento) e Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) assistiram, no "Centro de Realidade Virtual" da Petrobrás, a um filme 3D sobre formação geológica da Terra e prospecção de petróleo.

Vou de táxi – Em conversa com Sérgio Cabral na Petrobrás, Lula manifestou surpresa diante da informação de que há 540 mil veículos movidos a gás em circulação no Rio. "Tudo isso?", disse o presidente. "Não são só os táxis?". Lula procurou tranqüilizar o governador. Disse que haverá gás para os veículos e para os novos investimentos da indústria no estado.

Encontro marcado – Na segunda, Lula recebe o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, para tratar de CPMF.

Alto lá – Líderes governistas cogitaram avocar direto a emenda da CPMF para o plenário a fim de evitar o risco de derrota na CCJ. Mas acharam que isso criaria clima de disputa explícita com a oposição.

Dilema – Pedro Simon (PMDB-RS) será o fiel da balança na CCJ. Se votar pró-CPMF, o governo ganha. Se for contra, Marco Maciel (DEM-PE) desempatará pelo fim da cobrança. A aposta geral é que ele manterá o tributo dada a penúria fiscal gaúcha.

Faísca petista – O deputado federal Devanir Ribeiro rebateu artigo em que o estadual Rui Falcão critica a idéia de pôr na pauta o 3.º mandato para Lula. O texto-resposta usa termos como "mentirosa" e "míope" para classificar as posições do colega de sigla.

Insulto – Adriano Diogo (PT) está na mira do Conselho de Ética da Assembléia paulista após discurso, anteontem, em que chamou muçulmanos de "assassinos". Depois pediu desculpas à comunidade e a supressão de termos ofensivos das notas taquigráficas.

Calculadora – O TSE contou: são 16, em todo o país, os deputados estaduais que trocaram de sigla depois de 27 de março, data a partir da qual ficou estabelecida a fidelidade partidária para cargos proporcionais. Estão sujeitos, portanto, à perda de mandato.

Tiroteio

De Arnaldo Jardim (PPS-SP), integrante da Comissão de Minas e Energia da Câmara, sobre declaração do presidente a respeito do risco de desabastecimento de gás.

– As reuniões de emergência no Planalto foram de brincadeirinha? Se o gás é um "probleminha", então Lula deve estar com falta do que fazer.

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