A Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) divulgou, nesta sexta-feira (14), imagens de integrantes de uma quadrilha que se passaram por vigilantes privados para cometer pelo menos dois assaltos, em Curitiba. Em uma das ações, os bandidos levaram um malote de uma casa lotérica localizada dentro do Shopping Palladium, no Portão.
As imagens foram gravadas por câmeras de segurança do estacionamento shopping e mostram o grupo chegando em um automóvel. Segundo o delegado Rodrigo Brown de Oliveira, chefe da DFR, os suspeitos que aparecem nas gravações são os mesmos que assaltaram um mercado no Bairro Alto, em outubro. "Além do mesmo modo de proceder, foram utilizados nas duas ações veículos diferentes, mas com as mesmas placas", observou o delegado.
Além de alertar empresários sobre o modo de atuação da quadrilha, a polícia aponta que as imagens vão ajudar nas investigações. O delegado pede para qualquer informação que possa ajudar a localizar ou identificar os assaltantes seja repassada anonimamente à delegacia. O telefone da DFR é 3218-6100.
Furto à lotérica
Os bandidos levaram um malote de uma lotérica do Palladium no fim da tarde de segunda-feira (10). A lotérica havia acionado uma empresa de segurança privada para fazer o transporte de um malote até uma agência bancária. Por volta das 17h10 (cerca de 20 minutos antes do horário agendado), três homens trajando uniformes da empresa de vigilância e com identificação se apresentaram para retirar os valores. O trio levou o dinheiro normalmente. Pouco depois, os verdadeiros vigilantes chegaram à lotérica. Só então, o gerente e funcionários se deram conta de que tinham sido vítimas de um golpe. A estimativa é de que R$ 170 mil tenham sido levados pelo grupo.
O Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana (Sindivigilantes) ressalta que a legislação determina que os transportes de valores sejam feitos somente por meio de carros-fortes. Por isso, a orientação do presidente do sindicado, João Soares, é de que as empresas se certifiquem que os vigilantes estejam usando esses veículos especiais. "Se não tiver carro-forte na operação, a empresa não deve entregar o malote e acionar a polícia", disse.
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