Exames de DNA confirmaram a participação de três pessoas – dois adolescentes e um adulto – no estupro coletivo de quatro garotas em Castelo do Piauí (a 190 km de Teresina). O crime aconteceu no dia 27 de maio.
As jovens foram estupradas, amarradas e jogadas de um morro nos arredores da cidade. Uma das meninas, Danielly Rodrigues Feitosa, 17, não resistiu aos ferimentos e morreu. Duas vítimas tiveram alta hospitalar e a quarta continua internada no HUT (Hospital de Urgência de Teresina), com traumatismo craniano.
O delegado Laércio Evangelista informou que os resultados dos exames de DNA, realizados em laboratório da Polícia Civil de Pernambuco, confirmam a participação no crime de Adão José de Sousa, 40, suspeito de comandar o estupro, e de dois adolescentes.
O exame de material genético deu negativo para os outros dois menores suspeitos da violência, que estão apreendidos no CEM (Centro Educacional Masculino), na capital do Piauí. Mas, segundo o delegado, há outras provas contra eles.
“O material genético não confirma a participação de dois menores, mas existem outras provas contra eles, como os exames periciais nas roupas e o exame de corpo de delito para estupro. Não resta dúvida da materialidade do estupro coletivo com autoria dos cinco suspeitos”, disse o delegado.
Segundo Evangelista, foram colhidos sêmen e sangue dos investigados para os exames em Pernambuco.
Testemunhas
Na manhã desta quarta-feira (24), o juiz Leonardo Brasileiro, o promotor Cesário Cavalcante e dois defensores públicos ouviram os depoimentos de 19 testemunhas de acusação e defesa.
O tio de uma das vítimas, Raimundo Nonato da Silva Mineiro, disse às autoridades que o álibi apresentado por dois menores é falso. Dois deles afirmaram à polícia que estavam trabalhando em uma obra de Raimundo Nonato no momento do crime.
“Meu pedreiro e serventes me confirmaram que eles saíram antes das 16h30, horário em que ocorreu o crime”, disse Mineiro, que é vereador em Castelo.
Um grupo de psicólogos que atuou na chacina do Realengo, no Rio de Janeiro, e na tragédia da boate Kiss, no Rio Grande do Sul, está em Castelo do Piauí auxiliando familiares e amigos das garotas vítimas do estupro coletivo.
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A equipe chegou nesta quarta à cidade e trabalha na escola Francisco Marques Martins, onde as meninas estudavam, com professores, funcionários e alunos. O colégio vive rotina de luto e medo após o crime.