José Dumont na pele do retirante Deraldo, que é confundido com um criminoso| Foto: Divulgação/Raiz Filmes

A superintendência do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit) está concluindo o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental para a implantação da BR-101 no Paraná, com um trecho aproximado de 170 quilômetros. "Começamos os levantamentos há dois anos, mas em agosto recebemos a chancela de Brasília. O governo federal autorizou o início dos estudos visando à implantação do novo acesso", informa o superintendente David Gouvêa.

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O traçado ficará ao nível do mar e tem custo estimado entre R$ 300 milhões e R$ 500 milhões. O estudo prevê a implantação da BR-101 em pista dupla entre a BR-376, em Garuva (Santa) Catarina, até a BR-277, no Paraná (veja quadro). Já a ligação da BR-277 a Antonina e à BR-116 deverá ser construída em pista simples, complementada por acesso ferroviário. Também está prevista a construção de uma ponte rodoferroviária, com 1,4 mil metros de comprimento, sobre o Rio Nhundiaquara.

A ligação de Antonina com a BR-116 deverá aproveitar a rodovia estadual PR-340, próximo à Variante do Alpino, com a implantação de mais 12 quilômetros, já que o acesso direto a São Paulo (via Peruíbe, litoral de São Paulo) é inviável por causar problemas ambientais.

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Uma das vantagens apresentadas pelos estudo do Dnit é a diminuição de tráfego nas BR-376 e BR-277. "É uma alternativa à subida da serra. Além disso, estamos falando de projeto multimodal em que se projetam as necessidades de transporte, das comunidades e do meio-ambiente", explica Gouvêa. Para ele, o Paraná poderá ainda ter o "o melhor porto do Sul da América do Sul", com a possibilidade de implantação de um novo terminal em Pontal do Paraná. "Mas, se não tivermos acesso, não há porto. Enquanto Antonina tem de oito a 10 metros de calado e Paranaguá, de 12 a 15 metros, Pontal tem 25 metros. É um privilégio. Só que a PR-412 não é uma rodovia de carga e o estudo para a BR-101 prevê este acesso. Assim, o Paraná poderá receber grandes navios sem problemas."

O superintendente do Dnit procura aliviar as preocupações dos ambientalistas. "Os estudos apontam para o menor impacto ambiental possível. Não existe nenhuma possibilidade, por exemplo, de invadir a região de Guaraqueçaba. Assim que os estudos estiverem concluídos, apresentaremos a todos os segmentos envolvidos."