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Trânsito

Do Afonso Pena a Curitiba, tempo de viagem dobrou

Com obras, retorno ao Centro da capital exige paciência | André Rodrigues/ Gazeta do Povo
Com obras, retorno ao Centro da capital exige paciência (Foto: André Rodrigues/ Gazeta do Povo)

Obra de mobilidade urbana mais importante da Copa do Mundo de 2014 em Curitiba, o Corredor Aeroporto Rodoferroviária tem mudado a rotina de quem precisa se deslocar entre a capital paranaense e o Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais. Taxistas, passageiros e funcionários de empresas vizinhas ao terminal aeroportuário relatam que a viagem tem demorado o dobro do tempo normal em horários de pico.

A reportagem realizou o trajeto no fim da tarde de terça-feira. A ida até o aeroporto demorou pouco mais de 30 minutos, mas a volta ao centro curitibano exigiu paciência. Com diversos trechos reduzidos de três para duas pistas, a viagem levou quase 50 minutos. Isso porque, segundo taxistas que trabalham no aeroporto, o dia não era dos mais movimentados.

"As quintas e sextas-feiras são os dias de maior movimento no Afonso Pena. Nesses dias, [a viagem entre São José dos Pinhais e Curitiba] tem demorado o dobro do tempo. Cansei de ouvir passageiro adiando compromissos", diz o taxista André Paris, 50 anos, que também é vice-presidente da Cooperativa Aerotáxi.

Orçado inicialmente em R$ 107,2 milhões, o Corredor Aeroporto Rodoferroviária teve a sua matriz de custos revisada para cima e custará aos cofres públicos R$ 160 milhões – 72% da intervenção é de responsabilidade da prefeitura de Curitiba e o restante, do governo do estado. Além de mais cara, a obra está atrasada. Prevista inicialmente para ser entregue no fim deste ano, agora ela deve ser concluída em abril de 2014 – dois meses antes da Copa.

Motoristas

Enquanto não ficam prontas, as obras causam transtornos a quem precisa trafegar pela Avenida das Torres. A administradora Letícia Ribas Sugai, 22 anos, utiliza a via semanalmente e diz que as obras deixaram o retorno do Afonso Pena 30 minutos mais demorado. Ela pondera, porém, que o alargamento de alguns trechos da via já tornou a viagem de ida mais rápida.

Inconveniente maior passa quem precisa se deslocar diariamente entre as duas cidades. Djonis Klenk, 40 anos, é gerente de uma loja de pisos em São José dos Pinhais e vai duas vezes por dia a Curitiba, onde está a matriz da unidade. "Eu demorava 15 minutos até a Rodoferroviária, mas agora demoro, em média, 45", diz Klenk, que também reclama dos transtornos causados pelas máquinas usadas na obra.

O gerente diz esperar que a reforma melhore o acesso entre as duas cidades. Após a intervenção, três trechos da Avenida das Torres terão mais faixas de rolamento, em alguns casos passando de três para cinco. Além disso, duas trincheiras e o viaduto estaiado, que está sendo erguido no cruzamento com a Rua Francisco H. dos Santos, diminuirão as quantidades de semáforos na via, que ainda ganhará uma ciclovia ligando Curitiba a São José dos Pinhais.

ObrasNovo bloqueio prejudica o trânsito até dia 15

Se não bastasse a lentidão nos horários de pico, quem tiver de trafegar pela Avenida das Torres entre as 9 h e as 17 horas, até o próximo dia 15, enfrentará um bloqueio formado para pavimentação do trecho entre a Rua Guabirotuba e o viaduto da Linha Verde.

De acordo com a prefeitura de Curitiba, no sentido São José dos Pinhais haverá bloqueio de duas faixas e liberação das outras duas para o trânsito. O sentido Centro, que conta com três faixas, poderá ter, em alguns momentos, apenas uma faixa liberada para circulação. A administração municipal diz ter enviado ao local agentes da Setran para monitorar o trânsito e ajudar os motoristas.

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