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Pesquisa

Do espaço para o cerrado brasileiro

Brasília – Os pesquisadores brasileiros continuam trabalhando nas experiências feitas pelo astronauta Marcos César Pontes no espaço. Algumas equipes já estão comparando os dados trazidos por Pontes com dados obtidos em terra, em seus laboratórios.

A sementes de gonçalo-alves, um arbusto do cerrado, germinaram mais rápido no espaço do que as que brotaram na Terra. A conclusão é da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), mas a experiência não terminou, segundo a pesquisadora Antonieta Salomão. Ainda é preciso verificar muitas outras possíveis mudanças nos brotos, além da rapidez da germinação, porque o objetivo é descobrir formas mais eficientes de conservar as plantas tropicais.

Nessa experiência, na verdade, está em estudo todo um conjunto de plantas, que são as espécies tropicais, representados pelo gonçalo-alves.

A Embrapa espera poder trabalhar novamente com experimentos no espaço. Um desses experimentos é a tentativa de produzir substâncias úteis dentro de células de animais e de plantas.

Feijão

Outra experiência que ainda está sendo feita é a do pé-de-feijão, criada por alunos de primeiro grau de São José dos Campos (SP). A coordenadora dos experimentos, Elisa Saeta, disse que os meninos plantaram as sementes que brotaram no espaço. Também plantaram sementes que tinham brotado aqui na Terra, enquanto o astronauta Marcos César Pontes estava em órbita. Elisa acha que daqui a duas semanas já vai dar para comparar os dois feijões.

Em São Paulo, o pesquisador Alessandro La Neve, da Faculdade de Engenharia Industrial, também está entrando na etapa da comparação. La Neve estuda as reações de algumas substâncias muito importantes para o organismo, chamadas enzimas.

Marcos Pontes trouxe os dados e agora o pesquisador vai refazer as reações em laboratório. Depois, vai comparar os dois resultados. La Neve disse acreditar que a experiência estará concluída daqui a um mês.

Heitor Evangelista da Silva, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), criou seu experimento em colaboração com o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe). A equipe enviou ao espaço bactérias que foram banhadas em radiação, para verificar como isso afetava os genes dos microorganismos. "O objetivo final é avaliar quais são os riscos que os astronautas correm por ficarem expostos às irradiações do espaço, quando estão em atividade na ISS ou em outra nave orbital", disse Evangelista, que ainda precisa de mais um mês de trabalho para chegar aos resultados conclusivos.

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