A atitude de uma família de Maringá, no Noroeste do Paraná, serve de exemplo para estimular a doação de órgãos, que ainda é pequena. Após sofrer um acidente de moto, Flávio Henrique Anastácio, de 18 anos, ficou internado durante uma semana em um hospital de Sarandi até sofrer morte cerebral na quarta-feira (3). Os familiares decidiram doar todos os órgãos.
Durante a noite de quarta, uma equipe de Curitiba esteve na cidade. Os médicos retiraram as válvulas do coração, os rins, pâncreas, córneas e ossos. Vários pacientes que estão na fila de espera há anos aguardam por resultados de exames que vão indicar se eles podem receber a doação. "O pâncreas e o rim, junto com o rim que fica na cidade (Sarandi), têm que passar por um teste para ver se vai ser compatível para o receptor", explicou o médico cirurgião Fábio Porto.
A dona de casa, Luzinete Faustino, moradora de Nova Esperança, no Noroeste, vai receber um dos rins do rapaz. Por 13 anos ela tem se submetido a seções diárias de hemodiálise. A previsão era que o transplante terminasse por volta das 22h desta quinta-feira.
O pai do rapaz que morreu contou para a reportagem do ParanáTV que não teve dúvidas ao autorizar a doação de órgãos do filho. "Foi por livre e espontânea vontade. Só de saber que ele vai estar vivo em outras pessoas, o coração da gente acalma", disse Marcos Anastácio.
Falta de doadores
Muitos pacientes ainda vivem o drama da espera por um transplante. Mesmo diante de exemplos, como o da família de Anastácio, e das campanhas de conscientização, o número de doadores é pequeno. Há dois anos a estudante Barbara Pereira luta contra a leucemia. O sonho de ser promotora pública ficou para depois. Ela conta que decidiu viver um dia de cada vez, sem pensar na doença.
A leucemia ataca a medula óssea, onde é produzido o sangue para o corpo. O câncer impede a produção de três componentes vitais: glóbulos vermelhos, que transportam oxigênio e retiram o gás carbônico do corpo; glóbulos brancos, que são responsáveis pela defesa do organismo; e as plaquetas, que atuam na coagulação sanguínea. A cura é o transplante de medula óssea.
As chances de ser encontrado um doador compatível entre irmãos de mesmo pai e mãe é de apenas 25%. Já fora da família, a possibilidade é de uma em um milhão. Aqueles que quiserem ser doadores podem procurar qualquer Hemocentro público. São coletadas duas amostras de sangue. O material é examinado em Curitiba e as informações ficam cadastradas em um banco de dados nacional. O doador será chamado apenas se a medula for compatível com a de um doente. De acordo com a médica Alessandra Ritt, a medula óssea do doador estará totalmente reposta algumas semanas após a doação. Um doador americano deu vida nova a operadora de caixa Edivane Araújo. Ela fez o transplante há um ano e conta que o doador escolheu o dia do aniversário da filha para fazer a doação. "Eu tinha medo de não ver minha filha crescer. Foi uma vitória", conta.
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