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Saúde

Doações de sangue têm queda de até 70% em Curitiba

Bancos de sangue, como o Hemepar, estão vazios. Vacinação afeta o principal público doador, de 20 a 30 anos de idade | Hedeson Alves/Gazeata do Povo
Bancos de sangue, como o Hemepar, estão vazios. Vacinação afeta o principal público doador, de 20 a 30 anos de idade (Foto: Hedeson Alves/Gazeata do Povo)

Os bancos de sangue de Curitiba registraram mais uma baixa significativa no número de doadores nos últimos dez dias devido à vacinação contra rubeóla. A primeira ocorreu no início de setembro. Em geral, contando com a região metropolitana, a queda é de 50%. No Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), chega a 70%.

Segundo o chefe do serviço de hemoterapia do HC, Marcelo Veiga, na metade do mês houve bastante doação por causa de um concurso público que isentava os doadores da taxa de inscrição. Depois disso, a queda foi significativa. "Estamos apenas com 25 doadores por dia, quando o normal deve ser de 80. Felizmente por enquanto ainda não deixamos de fazer nenhuma cirurgia por falta de sangue, mas se o quadro não mudar na semana que vem, teremos problemas sérios", explica o médico.

Em outros bancos da cidade, como no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Paraná (Hemepar) e no Hemobanco, do Hospital Evangélico, a redução não chega a ser a mesma que no HC, mas também é grande. "Aqui já registramos uma baixa de 50% no nosso estoque. Uma das causas ainda é o reflexo da campanha de vacinação contra a rubéola, que impossibilita as pessoas de doarem sangue nos 30 dias após a vacina. Ela afetou nosso principal público, que é justamente de 20 a 39 anos", diz a assistente de suporte ao usuário do Hemepar Cristina Maria Richter. A baixa temperatura também contribui para a diminuição das doações.

Os principais tipos sangüíneos que faltam são A e O positivo e o banco está com dificuldades para manter o estoque dos 40 hospitais de Curitiba e região metropolitana para os quais fornece sangue.

No Hemobanco a situação é semelhante. Lá o tipo que mais falta são os de fator RH negativo. "Estamos com muitos pacientes críticos na UTI que precisam de sangue sempre. Só não faltou para as cirurgias ainda porque sempre temos bolsas reservadas para elas", diz a responsável pelo recrutamento de doadores, Ana Cecília Schwarzbach Gonçalves.

A vacinação contra a rubéola começou dia 9 de agosto em todo país e vai até dezembro no Paraná. Quem completou um mês após a vacina está apto para voltar a doar. "Doação de sangue é exercício de cidadania e um ato de amor ao próximo. Por isso pedimos que as pessoas contribuam", diz Cristina.

Trânsito

Um fator que aumenta a necessidade de sangue nos hospitais são os acidentes de trânsito. De acordo com a assessoria de imprensa do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), o número de acidentes diminuiu após a lei seca. Antes, a média por semana era de 35 acidentes, e agora está entre 27 e 28. "Ligamos nosso sinal de alerta porque embora os acidentes tenham diminuído, o número deles com vítimas aumentou. Vamos investir na prevenção para mudar esse quadro", diz o sargento Ronivaldo Brites Pires.

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Serviço

Hemobanco, Rua Capitão Souza Franco, 290, das 8 às 19 horas, de segunda a sábado. / Banco do HC, Rua Agostinho Leão Júnior, 108, das 9 às 15 horas de segunda a sábado. / Hemepar, Travessa João Prosdócimo, 145, de segunda a sexta, das 7 às 19 horas e sábados das 8 às 17 horas.

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