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O número de casos de coqueluche registrados no Brasil dobrou em relação ao ano passado – passou de 291 pacientes confirmados para 583. O secretário de Vigi­lância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, explica que o Brasil está longe de um surto. Mas ressalta que o aumento de registros da doença serve de alerta para a importância da vacinação de crianças, que devem receber doses da vacina Tetravalente (difteria, tétano, coqueluche e meningite) aos dois, quatro e seis meses de vida, com dois reforços na infância.

Segundo Barbosa, o crescimento de casos ocorre pelo que se chama de "acúmulo de suscetíveis". A estimativa é de que, a cada ano, cerca de 5% das crianças não sejam imunizadas – ou por não terem tomado a vacina ou por algum problema no seu sistema imunológico.

"Nos anos de 1980, registrávamos 80 mil casos por ano. Com as campanhas de vacinação, esse número caiu para 15 mil na década de 1990. Nos anos 2000 o número de casos foi estabilizado, mas a cada cinco anos temos um acúmulo de suscetíveis e os registros crescem", afirmou. "Isso serve de alerta para que os pais continuem vacinando suas crianças".

O ressurgimento da coqueluche será um dos destaques da 13.ª Jornada de Imunizações, que reunirá especialistas em São Paulo, em outubro. "Há uma preocupação maior com as crianças menores de 2 meses, que ainda não foram imunizadas. É preciso garantir que as crianças recebam as doses no momento certo e melhorar a vigilância epidemiológica, para que os casos da doença sejam identificados", afirma a infectologista Isabella Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunização, seção Rio de Janeiro.

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