A doceira Margareth Aparecida Marcondes, de 47 anos, começou a ser ouvida nesta sexta-feira (3) na Primeira Vara Criminal de Joinville, em Santa Catarina. No estado vizinho, a doceira responde por tentativa de homicídio contra o ex-marido dela, Nercival Cenedezi. O crime teria sido cometido para tentar encobrir um outro ainda mais grave, cometido no Paraná, e pelo qual ela é acusada de homicídio duplamente qualificado. No dia 12 de março, Margareth teria enviado uma caixa com brigadeiros envenenados para a adolescente Thalyta Machado Teminski, em Curitiba. Ela e outras três colegas passaram mal após comer os doces.
Em 16 de abril de 2012, a doceira foi denunciada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por tentativa de homicídio duplamente qualificado contra cinco adolescentes de Curitiba. Ela foi presa no dia 31 de março, em Santa Catarina, e teria confessado à polícia que colocou veneno nos brigadeiros enviados a Thalyta, de 15 anos. O objetivo dela era adiar a festa da menina porque já havia gasto o dinheiro recebido antecipadamente. Enquanto os crimes cometidos no Paraná estão sendo analisados pela Justiça no estado, o processo sobre a tentativa de homicídio em Santa Catarina corre em segredo de justiça. Margareth deixou hoje a Penitenciária Feminina em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, para depor em Joinville.
Na denúncia, a promotora de Justiça Marilu Schnaider Paraná de Sousa, do MP-PR, sustentou que, além de utilizar veneno, que por si só já é uma qualificadora para o crime, o fato da substância ter sido inserida nos doces também comprometeu a chance de defesa das vítimas, que não sabiam o que estavam ingerindo.
(...) a denunciada, ainda em Joinville (SC), preparou diversos brigadeiros, elaborados com pedaços de veneno de rato, fazendo parecer que se tratavam de doces para degustação", diz trecho da denúncia. Um taxista entregou os brigadeiros e os adolescentes passaram mal após ingerir os doces. A aniversariante ficou internada na UTI do Hospital de Clínicas (HC) por mais de uma semana.
De acordo com a investigação, a doceira teria gasto os R$ 6,5 mil pagos pelo pai da garota para festa e estava sem dinheiro para cumprir o contrato com a família. A mulher teria imaginado que conseguiria atrasar a realização da festa. Segundo a promotoria, a doceira é acusada de cinco tentativas de homicídios porque na relação de vítimas foi incluída a irmã de Thalyta. Ela teria provado os brigadeiros, mas não passou mal. A Delegacia de Homicídios havia citado Margareth por quatro casos, somente levando em conta os adolescentes que passaram mal após comer os doces.
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