A greve nas instituições federais de ensino superior, que completa hoje 82 dias, deve demorar para terminar. Ontem, professores das universidades federais do Paraná (UFPR) e Tecnológica (UTFPR) confirmaram em votação nas assembleias sindicais a decisão de intensificar a mobilização, seguindo o exemplo de outros estados. Os comandos de greve estudam agora meios para esclarecer a população dos motivos pelos quais a categoria continua parada. E também medidas que possam persuadir o governo a abrir de novo a mesa de negociações, encerrada no último dia 1.º pela não aceitação da proposta feita pelo Ministério do Planejamento, que previa reajustes de 25% a 40% até março de 2015.
A assembleia na UFPR contou com a presença de 163 professores de Curitiba, 23 do câmpus Palotina e 11 do câmpus litoral. No encontro, a pedido de um professor, houve uma nova votação para decidir pela continuidade da greve. De acordo com a Associação dos Professores da UFPR (Apufpr), os presentes votaram pela extensão da greve, com exceção de um voto contra e duas abstenções.
Os docentes decidiram ainda, como forma de pressão, encaminhar aos sindicatos nacionais uma discussão sobre a necessidade de suspender o vestibular nas instituições em greve.
Novas ações
Na UTFPR, os presentes na assembleia sindical também confirmaram a manutenção da greve. Diante da proposta de encaminhamento de um "indicativo de retorno" às aulas, 85 professores votaram contra, dois foram favoráveis e seis se abstiveram de votar. O presidente da Sindutfpr, sindicato dos docentes da UTFPR, Ivo Pereira de Queiroz, informou que o comando de greve fará reuniões nos próximos dias para delimitar que ações serão realizadas a partir de agora.
Já os professores da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) também permanecem convictos em continuar a greve.