A greve dos professores de universidades federais e dos institutos federais segue há quase 30 dias e não tem previsão para terminar até que haja um acordo entre a classe e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nesta segunda-feira (13), o movimento se reuniu em uma nova mesa de negociação com o Ministério da Educação (MEC) e realizou um ato na frente da pasta, em Brasília, para pressionar pelas pautas apresentadas.
No mês passado, o governo propôs 9% de reajuste em 2025 e 3,5% em 2026 para as categorias, sem nenhum percentual previsto para 2024. No entanto, a classe anseia pelo reajuste de 12,5% em dois anos, que, somado ao reajuste linear de 9% dado em 2023, soma 21,5%. O reajuste ideal tem dividido representantes dos docentes.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), “o MEC mais uma vez não avançou na negociação com docentes” e realizou apenas discussões regimentais. Eles criticaram a “morosidade do governo” e alegaram que são pautas “sem impacto orçamentário”
“Uma vez mais não trouxe uma resposta a0s professores e professoras, junto ao ministério. Nós exigimos que o MEC possa discutir questões orçamentárias conosco e que isso possa vir a trazer reais impactos naquilo que se refere na qualidade de trabalho dos professores”, disse o presidente do ANDES-SN, Gustavo Sefarian.
Na reunião com o MEC, o sindicato também apresentou outras reivindicações como a revogação do controle do ponto eletrônico; o segundo, o estabelecimento de carga horária mínima em oito horas-aulas, tal qual é no magistério superior, na perspectiva isonomia entre os dois segmentos magistério superior e o EBTT - remuneração por desenvolvimento de carreira.
“Exigimos a celeridade do MEC para a próxima mesa. Não podemos esperar mais 30 dias para que pautas, que já foram protocoladas no dia 11 de abril, sejam discutidas sendo que algumas delas são importantes para a nossa base na discussão da construção da nossa greve", ressaltou Marcia Umpiere, representante da Associação de Docentes da Universidade Federal de Rio Grande (Aprofurg SSind), ao portal do ANDES.
O movimento grevista conta com a adesão de 47 Institutos Federais (IFEs) e atinge 40 universidades federais, além de cinco institutos federais e dois Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) base do sindicato nacional.
O sindicato informou que participará de uma nova rodada da Mesa Específica e Temporária da Educação, na quarta-feira (15), com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e a expectativa é de algum avanço na negociação por reajuste salarial.
Na última semana, o presidente Lula afirmou que acompanha com preocupação as recentes greves dos servidores das universidades federais. Segundo o petista, o MGI trabalha em uma proposta para se chegar a um acordo.
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