| Foto: Gabinete deputado Diego Garcia (Pode-PR)
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Em um esforço conjunto para promover a dignidade inviolável da vida sob qualquer circunstância, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e a Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família viabilizaram a estreia do documentário Human Life no Brasil, na tarde desta quarta-feira (4), na Câmara dos Deputados.

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"Queremos lutar por essa cultura de vida no Brasil e no mundo, para que nunca mais se pense em deteriorar esse primeiro direito do ser humano, que é o direito de viver", disse Angela Martins, secretária nacional da Família.

O filme, dirigido por Gustavo Brinholi e Luiz Marques, reúne relatos de pessoas que lutam pela conscientização da importância da vida e contra a relativização que circunda o tema. São exposições de histórias reais, como a do surfista Jonas Letieri, que teve os dois braços amputados após sofrer um choque de mais de 13 mil volts, e Ana Paula Henkel, ex-jogadora de vôlei que deixou para trás um sonho olímpico por conta de uma gravidez não planejada. O filósofo Olavo de Carvalho também é entrevistado no longa. Brinholi pretende lançar, em um futuro breve, um livro sobre o filme.

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"Nossa luta aqui no Congresso vai muito além de simplesmente dizermos não ao aborto. É uma luta constante, diária, para mostrar que tem jeito, existem outros caminhos, dá para se fazer diferente, disse o deputado Diego Garcia (Pode-PR), presidente da frente parlamentar.

Leia também: Defesa da vida: por que o aborto não deve ser legalizado no Brasil

Human Life

"Se há possibilidade de se manter vivo, tem que ficar vivo. O ser humano se adapta", diz um dos entrevistados no documentário, o pintor Leandro Portella, tetraplégico após um acidente durante um mergulho na praia. "Para tudo a gente se adapta, o ser humano tem essa capacidade. Eu sou sempre a favor da vida". Sem a capacidade de mover o corpo, hoje ele pinta quadros com a boca.

Ana Paula Henkel também é convidada a contar sua história no Human Life: "Eu estava no meio de uma Olimpíada, com um contrato financeiro muito bom, mas uma das cláusulas que quebrava o contrato era uma gravidez ou contusão séria", diz. Ela, que descobriu a gestação poucos meses depois, abriu mão da carreira, na época, em favor do filho. Por pelo menos três anos ela atuou como conselheira no Pregnancy Health Center.

Para o surfista que perdeu parte dos dois braços após um choque de 13 mil volts, a vida começou a ser "escrita" de uma forma incrível depois do acidente. "É difícil de entender isso, mas eu decidi ser a melhor pessoa, o melhor atleta, o melhor filho. Meus sonhos de criança começaram a se realizar, porque eu parei de perguntar o porquê daquilo", diz.

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À luz da filosofia, o aborto só é uma questão moral porque ninguém conseguiu provar que um feto é mera extensão do corpo da mãe ou um ser humano de pleno direito. É o que afirma Olavo de Carvalho em Human Life. "Nenhum ser humano pode arrogar-se o direito de cometer livremente um ato que ele próprio não sabe dizer, com segurança, se é ou não um homicídio", diz.

Ele ainda argumenta que, "jamais tendo um abortista sido capaz de provar com razões cabais a inumanidade dos fetos, seus adversários tem todo o direito, e até o dever indeclinável, de exigir que ele se abstenha de praticar uma ação cuja inocência é matéria de incerteza até para ele próprio".

Assista ao trailer do documentário "Human Life".

Homenagem

Na ocasião, o presidente da frente parlamentar, Diego Garcia, anunciou a criação de um Projeto de Lei que institui o dia 22 de janeiro como data para homenagear a vida humana desde sua concepção. É uma iniciativa similar ao que adotam os EUA, desde 1984, através do ex-presidente Ronald Regan.

"Homenagear a vida, em toda a sua plenitude e em todas as circunstâncias é papel de todos nós, como um alerta para a perda da esperança e para o relativismo. Toda vida importa", defende o parlamentar. "Assim como nos EUA e mundo afora, a data tem sido lembrada, e estamos propondo essa iniciativa hoje".

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Angela Martins, secretária nacional da Família, além disso, propôs a criação de uma Frente Parlamentar Latino-Americana pela Vida e pela Família. "Assim, poderemos fortalecer esse direito ainda vulnerável no nosso continente, e dar exemplo ao mundo de que todo ser humano vale a pena e cada pessoa é única", disse ela.

Médico e deputado do Paraguai, Raul Latorre veio ao país para participar do evento. "Unindo forças e trocando experiências para defender o que é mais sagrado", afirma. "No Paraguai, temos lutado com muita força pelos direitos mais inalienáveis do ser humano, desde sua concepção. Não estamos sozinhos no mundo nessa luta pela vida".

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]