A fila de espera por internamento hospitalar em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, chegou a 79 pacientes na quarta-feira (15). O Pronto-Socorro Municipal (PSM) está superlotado desde domingo (12). A situação está tão complicada que quem não precisa ficar no hospital aguarda em casa. Segundo a diretora administrativa, Tereza Cristina Prestes, foi necessário improvisar. A sala de observação da ala masculina, que normalmente aloja seis camas, tinha dez na tarde de quarta-feira. A administração do hospital relata que a média diária de consultas, que normalmente é de 200, passou para 300.
A dona de casa Rosana Machado, de 32 anos, está há quatro dias esperando vaga para realizar uma cirurgia de vesícula. "Tem que ter muita paciência", conforma-se. Ela chegou ao PSM com fortes dores e não conseguia caminhar. O aposentado Alceu Primor, 72 anos, também está desde domingo no pronto-socorro. A esposa Maria Eugênia Primor passa o dia todo sentada em uma cadeira ao lado do marido e de noite um dos seus filhos assume a função de acompanhante. "Tem que dormir sentado", conta Maria. O estado de saúde de Primor é grave, já que ele sofreu derrame e enfarte.
Segundo o superintendente da Secretaria Municipal de Saúde, Édson Alves, as vagas do Sistema Único de Saúde (SUS) nos hospitais da cidade não são suficientes para atender a procura e atualmente existe uma defasagem de 550 leitos. "O problema vem se agravando dia após dia", diz. Hoje, o SUS mantém 466 vagas distribuídas em nove hospitais. Outro fator agravante é que 12 cidades da região mandam pacientes para Ponta Grossa.
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