Dois aposentados, um de 67 e outro de 75 anos, foram presos na tarde de quarta-feira (8) na cidade de Medianeira, no Oeste do estado, acusados de molestar sexualmente crianças e adolescentes. De acordo com o delegado Valmor Treib, chefe da 12.ª Delegacia Regional de Medianeira, 14 meninas, entre 7 a 16 anos, teriam sido abusadas pelos presos.
A investigação começou há cerca de 20 dias, segundo Treib, após a polícia receber uma denúncia feita por uma assistente social que trabalha na secretaria municipal de Educação em Medianeira. "Uma das crianças procurou a psicóloga e falou que estava sofrendo abusos. Começamos a investigar e apareceram mais vítimas", explicou o delegado.
Com o número elevado de meninas molestadas, a polícia pediu a prisão preventiva dos dois aposentados à Justiça, que acabou acatando o pedido. Segundo o delegado, a prisão preventiva não tem um prazo para terminar. "Pode durar até a sentença final", explicou Treib. Todas as meninas foram encaminhadas para o Instituto Médico Legal (IML) para fazerem exame de conjunção carnal (abuso). "Em alguns casos foi comprovado que houve penetração."
O inquérito policial ainda não foi encerrado. O delegado acredita que até segunda-feira (13) isso será finalizado e enviado para a Justiça, que julgará se os homens são culpados. No inquérito policial, os dois aposentados são acusados de estupro, atentado violento ao pudor e corrupção de menores. Se forem condenados pelos três crimes, as penas podem superar os 20 anos de detenção.
"Estamos esperando alguns laudos para encerrar o inquérito. Todas as vítimas e os dois acusados já foram ouvidos. Na delegacia, eles (os aposentados) negaram as acusações e falaram que não cometeram os abusos", afirmou o delegado Valmor Treib.
Os homens moravam sozinhos, em casas diferentes e não agiam juntos, segundo as investigações da polícia. "As meninas eram vizinhas dos aposentados. Eles as aliciavam com presentes, doces e outros objetos, em troca de favores sexuais. Um dos homens tinha um bar, que era freqüentado pelas meninas", disse.
A polícia não divulgou o nome dos dois aposentados. "Estamos preservando a identidade deles, até em respeito às famílias dos acusados e das vítimas. É um crime que tem muita repercussão e isso pode gerar um sentimento de vingança nas pessoas", definiu o delegado.
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