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São Paulo – As equipes que trabalham na região onde caiu um Boeing 737 da Gol, na última sexta-feira, conseguiram resgatar ontem dois corpos de vítimas. Eles foram levados para a base da Serra do Cachimbo num avião Bandeirante. Havia 149 passageiros e seis tripulantes na aeronave, que foi encontrada em Mato Grosso. Os corpos serão transladados para Brasília, onde testes de DNA poderão identificar as vítimas.

O trabalho de resgate deve levar uma semana, segundo o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi. O presidente da Anac disse que a possibilidade de encontrar sobreviventes é pequena. Para a Aeronáutica, é "remotíssima".

Ontem a FAB (Força Aérea Brasileira) enviou mais 28 militares para Peixoto de Azevedo, no norte de Mato Grosso, onde foram encontrados os destroços do Boeing 737-800. Ao todo, já são 75 militares envolvidos nos trabalhos, baseados na fazenda Jarinã, além de índios caiapós.

O avião, que havia saído de Manaus com destino ao Rio, deveria fazer uma escala em Brasília. Ele perdeu contato por volta das 17h de sexta, após um incidente não esclarecido com um jato executivo Legacy, fabricado pela Embraer. As equipes de resgate chegaram ao local aproximadamente 20 horas após o horário estimado da queda. Os destroços do avião foram encontrados por volta das 9h de sábado, em uma área de mata muito fechada, a 200 km do município de Peixoto de Azevedo (MT).

As buscas começaram no sábado. Com a dificuldade de atravessar a mata a pé, dois militares foram lançados de pára-quedas e outros desceram de helicópteros por meio de rapel para buscar sobreviventes.

Os parentes dos passageiros do vôo 1907 da Gol, divulgaram ontem uma carta para cobrar das autoridades "uma posição mais clara e imediata da situação real do acidente". Na nota, parentes afirmam que querem uma audiência com o ministro da Defesa, Waldir Pires.

Este é o primeiro acidente grave na história da Gol, que começou a voar no início de 2001, e o maior da história do país. Antes, o pior acidente havia sido registrado em junho de 1982, quando um Boeing 727-200 da Vasp bateu em uma montanha da serra de Aratanha, a 30 quilômetros de Fortaleza, causando a morte de 137 pessoas.

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