A morte da menina Isabella completa nesta segunda-feira (29) dois anos, apenas dois dias após o pai dela, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, serem condenados pelo seu assassinato, ocorrido em 29 de março de 2008. Nardoni foi sentenciado a 31 anos, 1 mês e 10 dias; Jatobá, a 26 anos e 8 meses de prisão.
A população deve voltar a fazer homenagens à garota durante o dia. São esperadas visitas no Cemitério Parque dos Pinheiros, no bairro do Jaçanã, na Zona Norte de São Paulo, onde Isabella está enterrada.
Ainda não se sabe se a mãe dela, Ana Carolina Oliveira, irá ao local, devido ao assédio das pessoas. Também não foi divulgada oficialmente a realização de uma missa nesta segunda.
A sentenção de condenação do casal Nardoni foi lida na madrugada do sábado (27) pelo juiz Maurício Fossen. Sete pessoas - três homens e quatro mulheres - foram incumbidas de decidir o futuro do casal. A votação foi interrompida com a contagem em quatro votos favoráveis à condenação para garantir o sigilo da escolha de cada jurado.
Enquanto a leitura da sentença foi feita pelo juiz, Nardoni, de 31 anos, e Anna Jatobá, de 26 anos (coincidentemente o mesmo tempo de sentença dado a cada um dos réus), choraram. Do lado de fora do fórum, quase três minutos de explosões de fogos de artifícios se seguiram. Antes de seguirem para penitenciárias de Tremembé, onde irão cumprir as penas, os dois receberam abraços dos familiares, com a permissão do juiz.
Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella, soube do resultado do júri por uma mensagem de celular. Ela acompanhou o defescho também pela TV. E agradeceu aos jurados pela condenação pelo viva-voz do telefone. Na casa dos pais, na Vila Maria (Zona Norte), chorou e acenou para pessoas na sacada.
Em entrevista exclusiva ao G1, disse que foi "cruel" ver Nardoni no plenário. E que segurou uma foto da filha durante todo o depoimento para ter "força".
O advogado de defesa Roberto Podval recorreu da decisão logo após o anúncio do veredicto. O casal não terá o direito de aguardar em liberdade.
Logo após o pronunciamento do juiz, o promotor Francisco Cembranelli disse ter total confiança na condenação do casal.
Durante toda a semana passada, a curiosidade do público e a comoção quanto à morte de Isabella contribuíram para que o movimento em frente ao fórum fosse intenso.
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