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Na exposição sobre o "PAC da Saúde" feita ontem para os integrantes do Conselho Político de Lula, o ministro José Temporão afirmou que, para cumprir as metas previstas, será necessário um aporte de R$ 36 bi em seis anos no orçamento da pasta. Guido Mantega (Fazenda) não estava na sala. Quando chegou, avisou logo que o governo vai brecar o debate da regulamentação da emenda 29, que trata do financiamento da saúde, para chegar a uma proposta comum entre as que correm na Câmara e no Senado. Disse ainda que o acréscimo de investimento dessas propostas, em torno de R$ 15 bi, é "inviável". Temporão ouviu calado até mesmo os elogios do colega à "consistência" de seu projeto. "O Guido elogiou, mas não deu o dinheiro", resumiu um dos participantes.

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Data querida – Lula, que completa 62 anos no próximo sábado, vai festejar na véspera. Ministros e auxiliares já foram chamados para a comemoração na Granja do Torto.

Pentecostal – Um dos presentes ao encontro de ontem no Palácio do Planalto conta que os depoimentos dos empresários sobre a economia no governo Lula foram tão enfaticamente positivos que mais pareciam "testemunhos" dados num templo.

G, M e P – Diante do sucesso colhido com os grandes, Lula anunciou que agora pretende realizar reunião com empresários de médio porte e, em seguida, com pequenos.

À disposição – O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), ofereceu a Lula o Palácio do Buriti, que vem sendo utilizado apenas em recepções oficiais, para servir de local de trabalho ao presidente durante a reforma do Planalto. Lula agradeceu e disse que pediria a Dilma Rousseff (Casa Civil) que fosse visitar o prédio para conferir as instalações.

Pegou geral – A performance da PM Show, banda convidada pelo "vocalista" Demóstenes Torres (DEM-GO) para confraternização em seu apartamento, agradou aos senadores. Mas Aloízio Mercadante (PT-SP) não perdeu a piada: "Banda de policiais com promotor cantando quem aplaude são só os presos, que não têm alternativa".

Eu? Imagina... – Garibaldi Alves (PMDB-RN) foi um dos mais paparicados no jantar de Demóstenes. Chamado de "nosso presidente", fazia questão de negar, sorrindo, a pretensão de suceder Renan Calheiros (PMDB-AL).

Rachou – Dois dos cardeais do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM) e Sérgio Guerra (PE), já dão sinais de que se sensibilizaram com o "apelo humanitário" de Renan para salvar seu mandato. Tasso Jereissati (CE), porém, ainda se manifesta pela cassação.

Veja bem 1 – Michel Temer, presidente do PMDB, tentar apaziguar a disputa Câmara x Senado pela paternidade do projeto de fidelidade partidária. Procurou Jarbas Vaconcelos (PMDB-PE) para dissuadi-lo de considerar inconstitucional a fidelidade relativa aprovada na Câmara.

Veja bem 2 – Pela proposta, que Jarbas se inclina a aceitar, ele faria um substitutivo ao texto da Câmara. Já os deputados pretendem engavetar a proposta aprovada no Senado, que tira o mandato dos infiéis e só vale para depois das eleições. Preferem algo mais ameno e imediato.

Sobrou – Com a revoada de políticos para Zurique na segunda, quando o Brasil deve ser anunciado como sede da Copa de 2014, Sílvio Torres (PSDB-SP) ficou sozinho na batalha por assinaturas para instalar a CPI do Corinthians, contrária a interesses da CBF.

Turbo – O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) aditou em mais R$ 16 mi sua verba de publicidade para este ano pré-eleitoral. Com isso, deverá dispor de R$ 65 mi até dezembro.

TIROTEIO

* De Eduardo Suplicy (PT-SP), sobre o fato de os integrantes da Mesa terem barrado proposta que obriga a divulgar como são gastos os R$ 15 mil mensais de verba indenizatória de cada parlamentar.

– Mais do que nunca a sociedade tem o direito de saber como cada um gasta a verba do Senado.

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