Os paraquedistas Marcos Guilherme Padilha, de 47 anos, e Gustavo Correa Garcez, de 39, morreram depois de se chocarem no ar durante um salto com outros atletas, no fim da tarde de quarta-feira ( 29), em Boituva, no interior de São Paulo. Com o choque, os paraquedas se enrolaram e eles perderam a sustentação. Um deles ainda foi socorrido com vida, mas não resistiu.
Os paraquedistas estavam em treinamento no Centro Nacional de Paraquedismo (CNP) para tentar bater um recorde de formação em novembro deste ano. O grupo com cerca de trinta paraquedistas treinava a formação de arcos olímpicos no ar - uma homenagem à Olimpíada no Brasil neste ano. O avião havia decolado por volta da 16h30 e todos saltaram. Marcos e Gustavo acabaram se chocando no ar e desceram praticamente em queda livre.
De acordo com o Corpo de Bombeiros de Boituva, Garcez ainda estava vivo quando foi socorrido. Os dois foram levados para o Hospital São Luis, na própria cidade, onde foram constatados os óbitos. Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Itapetininga.
Os dois paraquedistas eram experientes. Garcez saltava há mais de 15 anos e foi oito vezes recordista brasileiro e sul-americano de saltos de grandes formações. Seu corpo será cremado na capital paulista, onde morava. Já o corpo de Padilha será cremado nesta sexta-feira (1º.), em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.
Outros casos
Em fevereiro deste ano, também no CNP de Boituva, o paraquedista Amilton Vieira, de 38 anos, morreu depois de se chocar com um colega durante o salto e descer em queda livre. Segundo a investigação, ele perdeu a consciência em razão do choque e não conseguiu abrir o paraquedas. O caso ainda é investigado.
Em julho de 2015, um acidente semelhante causou a morte do paraquedista Cláudio Knippel, de 45 anos. Ele bateu em um colega e não conseguiu acionar o equipamento. O paraquedas de emergência não abriu.
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