Foz do Iguaçu Dois professores foram presos e pelo menos quatro alunos ficaram feridos, na tarde de ontem, durante uma manifestação no Colégio Estadual Barão do Rio Branco, em Foz do Iguaçu (Oeste do estado). Segundo a APP-Sindicato de Foz, policiais militares da Patrulha Escolar chegaram à escola acompanhados da chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE) e prenderam os docentes. O NRE e a PM apresentam outra versão para explicar o fato.
Os policiais encaminharam os professores Luiz Carlos de Freitas e Jaime Farherr ao Fórum e para um posto da PM para prestar esclarecimentos. Em seguida eles foram liberados. Os docentes apóiam uma série de protestos que vem ocorrendo há uma semana na escola para impedir a transferência de três professores e uma diretora para outro colégio da cidade por determinação da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Entre eles o próprio Freitas, que trabalha no Barão do Rio Branco há 11 anos.
Conforme a presidente da APP-Sindicato, Tanea Maria Costa de Jesus, a transferência foi determinada por represália, após eles terem denunciado à imprensa, em 2005, atos de corrupção praticados pela antiga diretora do colégio, afastada após a comprovação das denúncias.
Durante o tumulto, um aluno de 13 anos teve o braço cortado por estilhaços de vidro enquanto observava pela janela os policiais abordarem os professores dentro de uma sala da escola. Outra estudante, de 14 anos, estava com a face direita inchada e alega ter sido agredida por um policial. Freitas estava com escoriações no rosto e no pescoço. Ele diz que foi agredido com socos e pontapés pelos PMs. "Eu fui espancado e cheguei a vomitar", diz.
A PM se pronunciou ontem por meio de nota oficial. De acordo com o informe, Freitas impedia o retorno às aulas. Segundo a nota, os policiais tentaram dialogar com o professor, mas ele não acatou o pedido e incitou os alunos a defendê-lo, fazendo com que os estudantes cercassem os policiais e tentassem tirar as armas deles. A PM informou que os dois professores foram autuados por desacato, desobediência e resistência à prisão.
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